segunda-feira, 12 de setembro de 2016






As contas


Na correria em que se encontram candidatos e partidos na busca de votos, ainda não houve tempo para pensar no after day da campanha, isto é, o dia em que todos terão de bater à porta da Justiça Eleitoral com a papelada da prestação de contas, as despesas, comprovações e indicação de fontes de financiamento. As exigências agora são maiores e o tempo mais curto para que se cumpram as exigências.

O dia seguinte torna-se particularmente preocupante para os tesoureiros dos partidos e os contadores que assessoram os candidatos. Quem se arriscar fora da lei poderá também correr o risco de ficar sem o mandato, mesmo diante da tradição de tolerância da Justiça em relação aos eleitos.


Motivação


Vinte dias antes da eleição do novo prefeito e dos novos vereadores, temos um recorde a registrar: nunca, em tempos passados, a cidade esteve tão distante e apática em relação às urnas. Há quem avalie que, diferentemente de outras eleições, a deste ano é curta, pobre de propaganda, além de desconhecer completamente as diferenças programáticas dos partidos. Soma-se a tudo isso um desânimo geral em relação à classe política.


Nabuco


“O favor das massas vai do partido A ao partido B, e novamente do partido B ao partido A, recomeçando sempre a mesma oscilação. E esse flutuar de esperanças, sempre decepcionadas, dá lugar de longe em longe, às revoluções, que são a concentração do desespero. O chamado “movimento de  opiniões” é apenas o fluxo e refluxo do bem-estar ou da miséria pública. Esta é a única verdadeira opinião pública; a outra, que se deixa captar com escrutínios e plebiscitos, não é senão o efeito artificial da velha arte política”. ( Joaquim Nabuco in Pensamentos Soltos)      







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