segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meta é a qualificação

No momento em que predomina a intenção de identificar expectativas para a cidade em 2011, vale considerar a necessidade de a qualificação profissional constituir prioridade. Fala-se, em eepecial, da metalurgia e siderurgia, porque são setores que vão predominar na economia municipal nos próximos anos. E a mão de obra capacitada para ali ser absorvida ainda está distante do ideal. Nem se sabe exatamente quantos operários, notamente jovens de primeiro emprego, estariam sendo preparados para um futuro que certamente será exigente. Afirma-se que nos poucos cursos de qualicação não seriam mais de 12% da demanda esperada.
De imediato, o mercado acena com o aumento de produção da Paraibuna de Metais, que pode absorver cerca de 200 operários. A Arcelor não deixará de crescer e a Mercedes-Benz vai mesmo partir para a montagem de caminhões. Em torno delas, mas sem sair da mesma linha industrial, há outras empresas possíveis, também precisando de gente que saiba trabalhar.

Educar é
preciso

Se as chuvas de janeiro, antecipadas quanto ao volume de precipitação, mostram-se suficientes para causar estragos, não se pode esconder que boa parte dos problemas vem da negligência da população em relação ao lixo atirado exatamente por onde as águas tentam escorrer. Mais uma vez, a realidade expõe a necessidade de uma ampla e persistente campanha de educação. As pessoas, principalmente das famílias mais pobres, que sofrem na pele as consequências, precisam saber que o lixo torna-se mais indesejável e prejudicial quando lançado inadequadamente.
O descuido é assustador. Poucos dias antes do Natal, segundo a prefeitura, foram desobstruídas 1.800 bocas de lobo. Nesse trabalho, encontraram-se coisas incríveis, como pneumáticos e restos de móveis. Como coisas assim podem passar por um bueiro?, a não ser com grande esforço de mãos deseducadas ou criminosas.


Sucessão para
muitos nomes

Há pouco foi dito que a candidatura à reeleição do prefeito Custódio Mattos é, salvo a imponderabilidade, a primeira realidade das urnas em 2012. Está confirmado. Dito também que certamente o PT não jogaria pela janela os números de sua performance em 2008 com Margarida, lançando-a de novo.
O que não significa que se limite a esses dois nomes a disputa pela prefeitura. Porque, paralelamente às candidaturas postas como naturais, há também as que se fazem inevitáveis, ou pelo desejo de vitória ou pela necessidade de o candidato manter “convivência” com as urnas. É o caso do deputado Júlio Delgado, agora no quarto mandato, sendo que o último com cerca de 10 mil votos a menos em Juiz de Fora. Distanciar-se quatro anos do voto seria perigoso. O mesmo risco desse interregno correria o deputado estadual Bruno Siqueira. Há casos em que o político tem de disputar eleição, mesmo sem desejar.


Primeiros dias
do novo governo

Os primeiros dez dias do novo governo já são suficientes para revelar traços do comportamento dos atores em cena. A começar pela presidente Dilma, mais animada com o trabalho que seu antecessor, ela revela o conhecido estopim curto que caracteriza seu relacionamento com escalões inferiores, e, também diferentemente, quer saber por que as coisas custam tanto a acontecer na administração pública.
De outro lado, sem surpresa alguma, o PMDB, que não gosta de ser o ator principal da cena, mas coadjuvante insaciável, já se mostra disposto a não ceder espaços do poder de que se considera donatário. Para Dilma, o perigo está em que aquele partido é um aliado que conversa no atacado, mas negocia no varejo, caso por caso, o que torna seu apoio permanentemente objeto de acertos. A guerra que vem travando com o PT pelo controle das verbas da Saúde nada mais faz que confirmar essa estratégia.

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