terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pesquisas sob controle

A poucas horas de se extinguir a legislatura, o Senado Federal deixará a meio caminho o projeto que estabelece controle mais rígido sobre pesquisas eleitorais. É outro projeto que não chega ao fim, mas ganha chance de se fortalecer na Câmara, porque um de seus principais defensores, o senador mineiro Eduardo Azeredo, agora será deputado. Ele entende que é preciso exigir dos institutos pesquisadores um campo de trabalho mais amplo, como forma de se garantirem conclusões próximas do real, ainda que distantes da exatidão; principalmente quando se tratar de pesquisa eleitoral, porque nesse caso está envolvida a mais importante manifestação da cidadania.
O senador Mozarildo Cavalcanti recomenda que dos institutos se cobre, no caso de pesquisa de âmbito nacional, que seja consultado um mínimo de 13 mil pessoas. Hoje são ouvidas 300, o que, no parecer de Azeredo, permite conclusões equivocadas.
Mas, quando se trata de consultar tendência de colégios eleitorais, os problemas não estarão encerrados com a amplitude do campo de trabalho. Considerando-se o significativo número de eleitores que recorrem aos candidatos com maiores chances, pois não gostam de “perder o voto”, a pesquisa exerce influência sobre eles, e isso não é bom para a democracia, sempre dependente dos melhores, não necessariamente de favoritos. Outros países, mesmo os de democracias menos aperfeiçoadas, determinam que números de consultas só sejam divulgados nos dez dias antes da eleição. O Brasil precisa fazer o mesmo.


Notas

1) No Tribunal de Contas, o conselheiro Sebastião Helvécio será empossado, em 8 de fevereiro, como corregedor.

2) O prefeito Custódio Mattos recebe em audiência, amanhã, o superintendente do Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, que, por exigência do estatuto, deve lhe apresentar, sempre em janeiro, o relatório anual de suas atividades.

3) Francisco Canalli, vereador suplente, que assume na terça-feira a vaga deixada por Bruno Siqueira, diz que tem algumas ideias na cabeça para cumprir o resto do mandato. Mas ainda não fala sobre elas.

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