segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CPI possível

Toda vez que o Brasil tem mau desempenho em Copa do Mundo ou em Olimpíadas, um deputado ou senador aproveita a onda de frustração para propor Comissão Parlamentar e Inquérito. Mas, tão logo as dores passam, o assunto cai no esquecimento, e não mais se fala na carência dos estímulos na base de formação dos atletas. É provável que o assunto volte às tribunas do Congresso.
Gênese das crises
"Todas as crises que pelo Brasil estão passando,e que a dia sentimos crescer aceleradamente,a crise política, econômica, financeira, não vêm a ser mais do que exteriorizações parciais de um estado mais profundo, uma suprema crise:crise moral". Rui Barbosa
Fé e política
Em Juiz de Fora, baseada em um texto preparado pelo arcebispo, dom Gil Antônio, a Igreja vai ajudar o eleitor a refletir sobre suas responsabilidades no dia 7 de outubro. Há uma comissão que trabalha sobre temas e também propõe princípios que devem figurar na mensagem, a ser divulgada ainda neste mês, advertindo que a Igreja não tem preferência por partidos ou candidatos; mas a ausência de simpatias por nomes ou siglas não a impede de “esclarecer os fiéis sobre programas ou candidatos que não estão de acordo com a ética, a moral e a fé cristãs”, como informa a “Folha Missionária”, em sua edição deste agosto. A mensagem de dom Gil também adverte que é inadequado anular o voto, pois o cristão tem o dever da cidadania.
Dose dupla
Nas cidades onde o PSDB tem maior interesse no resultado eleitoral, como o caso de Juiz de Fora, o governador Antônio Anastasia estará participando duas vezes da campanha. Pelo menos é o que deseja o partido, e certamente com o apoio do Palácio. Os tucanos querem que o governador dê seu aval ao que os candidatos de sua simpatia estarão prometendo aos eleitores do interior.
Os infratores
Se os números forem comparados com os de 2008, percebe-se que no primeiro mês de campanha os candidatos estão mais audaciosos no que se refere às infrações. O aumento é da ordem de 15%. Em Minas, já ocorreram 412 multas, com a novidade de que as denúncias podem ser feitas, via internet, por qualquer pessoa, não mais apenas por quem se sentir diretamente prejudicado.
Mais uma lição
Se cada eleição ensina alguma coisa, como disse recentemente um desembargador, a de 2012 não haveria de ser diferente. Não propriamente quanto à sistemática de votação, mas no que toca à preocupação dos tribunais em facilitar ao máximo a identificação dos candidatos, como forma de permitir ao eleitor escolher quem figura em sua preferência, quando o conhece apenas pelo apelido ou hipocorístico. Ocorre que, com a liberalidade praticada quase sem limites, constata-se o problema: elege-se para vereador o sujeito que se registrou como Pé no Chão. Mas esse sujeito não existe, não tem certidão de nascimento. Como reconhecê-lo legalmente? É preciso que, perante a Justiça, para todos os fins, o vereador é quem figura no cartório ou batistério como, por exemplo, José Petrolino de Oliveira, não Zezão do Posto, porque este legalmente não existe, e não há mandato fantasma. O sujeito que só se identifica pelo apelido, ignorado pelo nome verdadeiro, é um candidato duvidoso. É preciso que nas eleições futuras o apelido seja apenas um dado secundário, nada mais além disso.
Dilma distante
A presidente Dilma está desagradando setores do PT, devido ao seu estilo de governar. Ela se mostra mais preocupada com a administração do que com a política. A ala sindicalista está de “nariz torcido” com a presidente, sobretudo sindicalistas do serviço público federal. Quando passarem as eleições, a disputa interna no PT para a escolha da candidatura à presidencia da República poderá se tornar ferrenha. A ala sindicalista vai querer a volta do Lula. Mas, Dilma se estiver mantendo a boa aprovação do governo, poderá resistir de abdicar da reeleição. ((Publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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