quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que falta?

Esperados com grande interesse, os primeiros programas de televisão criados pelos candidatos a prefeito deixaram claro que eles ainda não querem mostrar tudo. Certamente guardam outras novidades para os momentos mais quentes da campanha, que começou na mídia eletrônica sem o calor que se imaginou. O rádio e a TV continuam sendo considerados peças decisivas para a conquista do eleitorado.
Presidencialismo
“O presidencialismo, do jeito como o temos, é o regime em que o detentor do poder Executivo não prescinde do Legislativo e do Judiciário, desde que submissos a ele.” (Lowenstein)
Em dupla
O governador Antônio Anastasia e o senador Aécio Neves estarão juntos no palanque de Custódio Mattos, e não mais em datas diferentes, como chegou a ser anunciado. Segundo a direção do PSDB, o dia da viagem será de acordo com a conveniência do prefeito.
Sem testemunhas
Veteranos entre os jornalistas políticos, Mauro Santayana lamentava, ontem, estarem mortos todos os participantes da célebre e decisiva reunião da noite de 23 de agosto de 1954, presidida por Getúlio Vargas, quando ele sentiu que não havia como permanecer vivo, e se suicidaria na manhã seguinte. Sem sobreviventes não há depoentes. Em meio à grave crises do momento, Tancredo Neves, ministro da Justiça, estava entre os poucos que sugeriam a resistência, ainda que à custa de sangue.
Nova carga
Ministro Fernando Pimentel, o mais prestigiado pela presidente Dilma, está sob novo bombardeio dos investigadores. Agora, é acusado de receber favorecimentos da FSB, de Francisco Brandão, depois que a empresa foi contemplada com R$ 1,2 milhão para fazer a distribuição de material de propaganda turística de Belo Horizonte.
Super-Homem
Entre as ideias mais excitantes da atual campanha, uma, que o candidato Marcos Paschoalin pretende expor aos seus eleitores é que a prefeitura ( e ele pretende chegar lá) não precisa de secretários, supondo-se que o prefeito se encarregará de tudo. Sendo assim, o vice tem de estar preparado para assumir em uma semana, depois de o prefeito cair estafado.
Fora de hora
As pesquisas junto aos eleitores especulam quadros possíveis para o segundo turno na eleição de prefeito, mas tanto os candidatos como os partidos preferem não tratar disso, ainda que tudo sinalize para uma segunda rodada de votação. Em 2008, o PT foi levado a disputar com o PSDB, apoiado pelo PMDB, mas agora não haveria como reeditar esse entendimento, porque, em se tratando de segundo turno, as posições serão diferentes: tucanos e peemedebistas certamente estarão juntos. A nova aliança teria sido igual à anterior, se o PMDB não tivesse candidato próprio, possibilidade afastada há mais de um ano. Sobre a remexida das pedras no tabuleiro eleitoral, a ocasião só chegará em 8 de outubro, porque não há candidato que queira antecipar a negociação da derrota.
Fermento em excesso
A candidatura de Celso Russomanno à prefeitura de S.Paulo foi recebida nos bastidores políticos como uma armação para ajudar José Serra a enfrentar o PT de Fernando Haddad. E ela realmente começou a cumprir esse papel. Só que, como os bolos em que entra fermento em excesso, a candidatura passou a crescer além do previsto. Ontem, havia ultrapassado Serra. Ainda que não seja com números consistentes, essa performance acende a luz amarela do PSDB paulista: se Serra naufraga, as portas de 2014 se abrem ainda mais para Aécio Neves.
Educação e prioridade
            Autor da lei que criou a Área de Proteção e Segurança Escolar, o vereador Wanderson Castelar quer que a educação continue sendo o centro de suas preocupações no novo mandato que está disputando. É o que ele vai dizer hoje, às 19h, no encontro que promove com representantes da comunidade no comitê central da campanha, Avenida Rio Branco, 1812, em frente ao prédio da Cesama. “Essa atividade integra o Ciclo de Debates para a construção do Plano de Lutas do próximo mandato”, informou o vereador. Outro projeto de Castelar pretende obrigar o agente político eleito a matricular os filhos em escolas públicas. “É para chamar a atenção dos políticos e da sociedade para a situação das escolas públicas, que estão sucateadas e desvalorizadas”, concluiu.
(( publicado na ediçao desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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