terça-feira, 21 de agosto de 2012

Filme antigo

Em 31 de maio de 1963, quando veio a Juiz de Fora, João Goulart disse ao repórter da Rádio Industrial, ainda no Viscount presidencial, que o preocupavam não apenas as muitas greves que eclodiam naquele dia, algumas insufladas pelo governador Carlos Lacerda. O problema maior seria a paralisação de setores vitais para a administração pública. Passados 49 anos, a presidente Dilma poderia fazer suas as palavras de Jango, embora já tenha preferido desdenhar, ao garantir que tem outras preocupações além dos grevistas. Fato é que as paralisações estão afetando sensivelmente os serviços federais, afora os impasses que barram a evolução das negociações. Universidades estão com o semestre comprometido, por causa da greve de professores e técnicos administrativos. Em alguns estados, aduanas e portos ficam desativados. Polícia Federal e Polícia Rodoviária suspenderam suas atividades, como também funcionários dos ministérios do Trabalho e da Agricultura. Além de pequenas paralisações que afetam menos. Talvez a situação de Dilma seja até pior que a de Jango. Ele contava com assessores hábeis para superar a crise. O pessoal da presidente não tem conseguido.
Roteiro
Foi anunciado, ontem, que o presidente Lula já tem pronto o seu roteiro de viagens para apoiar a campanha dos candidatos do PT. Se se mantive o critério de limitar a visita a Belo Horizonte, os petistas do interior não terão o que reivindicar; mas se incluir comícios em Contagem e Betim, como se informou, os demais vão se sentir no direito da inclusão.
Prazo final
O calendário oficial do Tribunal Superior Eleitoral estabelece que, até amanhã, todos os recursos sobre pedido de registro de candidatos deverão estar julgados e publicadas as respectivas decisões. É o que estabelece a Lei 9.504/1997.
Voto útil
É preciso lembrar que não mais os ministros e desembargadores, mas os eleitores é que podem dar cabo das artimanhas dos corruptos. Porque, cabe observar, quando se trata de barrar os maus candidatos, o que vale mesmo é o voto do cidadão; mais que o voto do ministro do Supremo. De nada adiantará ao corrupto cercar-se de artifícios se na reta final, no teste da urna, será repudiado e desembarcado de seus projetos de poder.
Estreante
Ainda esperando que a Justiça defina seu futuro, já em grau de recurso, o ex-prefeito alberto bejani apareceu no horário gratuito do TRE como candidato a vereador. Sem se incomodar com as ameaças da ficha suja, disse, confiante, que o objetivo do PSL é eleger uma grande bancada; à sua custa, é claro.
Desconhecidos
Os eleitores não podem esperar que a televisão e o rádio lhes deem condições para conhecer um mínimo sobre os candidatos a vereador. Os brevíssimos segundos que o horário eleitoral reserva a quem disputa a eleição proporcional são insuficientes. Quem vai votar com um mínimo de cuidado tem de cobrar pessoalmente do candidato as razões que o levam a querer a vereança.
“Minha casa”
O programa Minha Casa, Minha Vida que é importante por tentar reduzir o déficit habitacional entre famílias de baixa renda, mostra a necessidade de elas serem assistidas por serviços sociais, antes que suas moradias se transformem em focos de violência ou se tornem favelas. Não apenas em Juiz de Fora, mas em várias cidades contempladas com o programa, estão surgindo problemas. É hora de o governo federal agir. Até porque, a bem da verdade, o programa não pode ser passado apenas como uma grande gentileza de Brasília. O que vem de lá é o financiamento pela Caixa, e a prefeitura fica com o ônus mais custoso: doar os terrenos, realizar obras de infraestrutura e manter, para sempre, os serviços básicos.
Jeito mineiro
“O mineiro diz, mas não diz exatamente o que quer dizer. De tal forma, que somos levados a afirmar que disse. A ciência está em aferir o que o mineiro não diz quando está dizendo, e entender a outra coisa que está querendo que você saiba.” (Ministro Saulo Ramos) (( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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