segunda-feira, 18 de março de 2013

Convivência

Costumam dizer que o PT caracteriza-se por divergências internas, mas não é só ali que ocorrem problemas entre os grupos e correntes que disputam o poder. Na verdade, seria melhor afirmar que essa é uma dificuldade vivida por quase todos os partidos. Em Minas, o PSDB além dos problemas que enfrenta com os correligionários paulistas, tem agora que superar descontentamentos com a possibilidade de Saraiva Felipe assumir a presidência estadual, vaga com a ida de Antônio Andrade para o Ministério da Agricultura.
Alternativa
No PT, em clima de lançamento da candidatura de Fernando Pimentel ao governo de Minas, surge a primeira resistência interna. O grupo que pretende um projeto mais identificado com o programa petista parte para lançar Chico Simões, ex-prefeito de Coronel Fabriciano. A questão imediata para os petistas é, pois, vencer essa proposta alternativa, antes que ela avance para a dissidência.
Campo livre
Outro partido em fase de decisão interna importante é o PSB, até agora sob o comando do ex-ministro Mares Guia. O deputado Júlio Delgado é o nome em cogitação, mas ele, para aceitar, impõe uma condição que não tem aceitação unânime: quer liberdade total para reorganizar o partido. Atualmente, o deputado preside a comissão provisória do PSB em Juiz de Fora, que terá de deixar, se for para a direção estadual.
Desinteresse
Resta uma semana para que os faltosos das três últimas eleições regularizem sua situação na Justiça, sob pena de perderem o tútulo. Preocupa saber que, aberta a temporada de regularização, apenas 1% foi ao cartórios. São 7 milhões de faltosos. Quando se fala do desinteresse dos eleitores, logo vêm à tona duas explicações para justificá-lo: baixa qualidade da grande maioria dos políticos e a obrigatoriedade do voto.
Que perfil?
Passados os três primeiros meses de trabalho, ainda não é possível traçar o perfil da nova legislatura municipal, embora alguns poucos vereadores se sobressaiam. O que vai permitir conhecer melhor a Casa é o tratamento que se dará ao Executivo, e a oposição (quantos vão integrá-la?) ainda não tem liderança definida.
Ação regional
Apostando na capacidade de o governador Antônio Anastasia e o senador Aécio Neves motivarem o eleitorado da Zona da Mata, o PSDB e seus aliados deverão promover uma concentração regional em agosto, quando farão a apresentação das candidaturas: Aécio para a presidência da República e Anastasia para o Senado. _______________________________________________________________________________________
O professor chinês Kuing Yamang profetiza a falência total da Europa, principalmente por se criarem ali sociedades que, ajudadas pelo governo, preferem não trabalhar. O que, aliás, não é só na Europa. Diz Yamang: “A sociedade europeia está em vias de se autodestruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos” ...
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Mandatos perpétuos
Houve quem recomendasse, há dias, que todos os partidos seguissem o exemplo do PT e discutissem a limitação da duração dos mandatos parlamentares, embora não se conheça, em qualquer época, disposição do Congresso de limitar o direito de deputados e senadores se reelegerem indefinidamente. É um dos assuntos do Index fechado das lideranças. A resistência está exatamente no fato de o parlamentar usar o mandato para ganhar o próximo, o que permite casos como o de José Sarney, há 50 anos na bancada do Maranhão. O projeto de limitação é do mineiro Reginaldo Lopes, que propõe em quatro o número de mandatos para o deputado e três para o senador.
A recondução
O projeto do presidente do PT de Minas esbarra em algumas resistências, uma das quais levantada por outro mineiro, Bonifácio Andrada, que define a proposta como forma de limitar o direito de o cidadão reconduzir quem acha que merece, com base na experiência adquirida. Mas a intenção do autor é dar ao eleitor a oportunidade de renovar a representação política, porque entende que sem isso as grandes reforma não andam.
((publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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