terça-feira, 12 de março de 2013

Para decidir

Dois partidos – PSDB e PSB – vão entrar na segunda quinzena cuidando de convocar seus filiados para a renovação dos diretórios municipais, o que terá de acontecer ainda neste mês. Conversa-se muito e a tendência é de mudanças, nem que sejam apenas para a presidência.
Dispensável
Na madrugada de ontem, participando do programa Roda Viva, da TV Cultura, o deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, explicou a inépcia dos partidos de direita no Brasil, que não aparecem e nada fazem. Diz ele que os governos de Lula e Dilma trabalham tanto para os interesses da direita, que os partidos nem precisam se movimentar. Outro ponto que Freire destacou na entrevista, e quanto a este também não cabe discordância, é que os partidos políticos jamais voltarão ao seu modelo antigo. Dá a entender que vão piorar cada vez mais.
Consulta
O PMDB vai começar, pelos municípios que recentemente elegeram os prefeitos, uma enquete destinada a aferir tendências sobre a conduta a ser adotada na campanha presidencial do próximo ano. Já se percebeu o interesse do comando nacional por uma aliança com o PT. Portanto, sem candidato próprio.
Coerência
A questão ainda não é discutida, mas, quanto a Juiz de Fora, é difícil acreditar que o partido se posicione diferentemente do que adotou no ano passado, quando o diretório derrotou, de uma só vez, tanto o fim da candidatura própria como a aliança com o Partido dos Trabalhadores. Que argumentos seriam levantados para explicar profundas mudanças em tão pouco tempo?
Viva o delator
No ano passado, a comissão especial do Senado que propôs alterações no Código Penal incluiu, entre elas, a premiação, pela redução da pena, do sequestrador ou assassino que fizer a gentileza de delatar seu comparsa. Ainda agora, o prêmio foi acenado para o jogador Bruno, que se envolveu na complicada morte de sua namorada. Portanto, já se pratica o que os senadores haviam sugerido.
Discordância
Há juristas, entre eles vários estrangeiros, que continuam se manifestando claramente contra a delação premiada. Primeiro, pela própria natureza do crime que se pratica, ele não pode receber qualquer tipo de premiação; segundo: e quando for apenas um criminoso,a pena será mais pesada por não ter ele a quem delatar?
Recorde
Considerada a importância do momento para a Igreja Católica, além do fato de que é a primeira vez, em seiscentos anos, que se elege um Papa estando vivo seu antecessor, a posse do novo pontífice já está sendo esperada como a que contará com o maior número de estadistas em toda a história.
Na defesa
Na contramão da amargosa experiência que a Europa tem vivido nos últimos meses, nossa defesa se faz no ataque: nada economizamos (ainda agora se revela que entre quatro brasileiros apenas um faz poupança), e o governo procura desestimular os poupadores, remunerando-os com um juro medíocre. Sinaliza para um consumismo desmedido, em que carros, motos e eletrodomésticos lideram as corridas às liquidações ou às prestações “a perder de vista”.
Assistencialismo
O eleitorado do Nordeste vai continuar desempenhando papel decisivo na eleição de 2014, porque é a região que se revela mais acessível à política assistencialista do governo. Essa política, pela própria característica que assumiu, consegue até ressuscitar o velho coronel, que vem agora na figura do prefeito. Por mais que os eleitores tenham marcado progressos na sua capacidade de avaliação dos candidatos, milhares deles ainda são, ao mesmo tempo, agentes e vítimas dos obséquios imediatos, como diria Victor Nunes Leal, em seu “Coronelismo, Enxada e Voto”: “Arranjar e prometer emprego, emprestar dinheiro, influenciar jurados, providenciar médico ou hospital, dar pousada e refeição, batizar filho,apadrinhar casamento, compor desavenças e proteger indicados na prefeitura”.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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