terça-feira, 26 de março de 2013

Os nomes escolhidos

Vislumbrando os acenos que o PT lançará na direção do PMDB, tentando atraí-lo para a candidatura de Fernando Pimentel ao governo de Minas, setores influentes do partido antecipam-se ao risco e insistem nas candidaturas próprias. Na verdade, formam-se três correntes lideradas por Newton Cardoso, Clésio Andrade e Hélio Costa. Tentam, com a antecedência necessária, criar uma situação de fato, inviabilizando alianças que pretendam confiscar ao PMDB a cabeça de chapa. Na evolução dessa campanha, Hélio já é lançado candidato ao Senado, para disputar com Antônio Anastasia.
Futuro do PMDB
confia na unidade
O PMDB está confiante no seu futuro como partido e insiste em que poderá disputar o governo de Minas com nome próprio. É a impressão dos que foram a Belo Horizonte para assistir à posse do deputado Saraiva Felipe na presidência da executiva estadual. Estiveram lá o presidente da executiva municipal, Paulo Gutierrez, Orlandismidt Riani e Marlon Siqueira. Seraiva era vice-presidente e subiu de posto para ocupar a vaga do deputado Antônio Andrade, que saiu para assumir o Ministério da Agricultura.
Influência e
reciprocidade
Os políticos jamais ignoraram que nesta região os deputados federais, para não fugir à tradição, exercem muita influência na eleição dos prefeitos. Se a disputa se fere em municípios com menos de 20.000 eleitores a capacidade de influir é ainda maior. No próximo ano, quando vão se eleger os deputados, muitos prefeitos da microrregião vão ter de se lembrar, por exemplo, do apoio logístico que tiveram de Lael Varela, Marcus Pestana, Rodrigo de Castro, entre outros.
O que fazer
para motivar?
No histórico recente das eleições municipais, os partidos amargaram a frustração de não conseguir sensibilizar cerca 30% dos cidadãos, que formavam um contingente significativo de optantes pelo voto nulo, o branco ou acharam melhor abster-se. Juiz de Fora terá, seguramente, 400 mil eleitores em 2014. Trinta por cento sobre um colégio desse volume são 120 mil eleitores. Algo muito grave que os partidos precisam estudar e debater com interesse. Enquanto é tempo.
A solidão
do Planalto
Não há maior solidão no mundo que a Semana Santa em Brasília, porque à solidão do Planalto, da qual falava Juscelino, soma-se o clima de abandono e nostalgia. Hoje, mais do que ontem e menos que amanhã, a capital da República se transforma num deserto político tal, que o Congresso poderia ser tomado de assalto; mas assalto físico, praticado por um bando de índios. Não o tipo de assalto em que se especializaram certos deputados e senadores.
Para vencer o
tucanato de SP
O senador Aécio Neves intensificou seu plano de viagens, foi a São Paulo para falar com lideranças do PSDB e tentar remover obstáculos que setores tucanos criam ao seu projeto de disputar a presidência da República. Mas há uma questão antecedente, com alguma complexidade. Trata-se da candidatura do senador mineiro à presidência do partido. Os tucanos paulistas que o apoiam nesse projeto querem realmente ajudá-lo ou apenas esperam que se desgaste no cargo? Ainda assim, Aécio precisa deter o comando para levantar a bandeira da oposição, e com ela percorrer o País.
É preciso que
se explique
Ao confessar que metade de suas viagens ao Exterior foi financiada por grandes empreiteiras, o ex-presidente Lula pode ser até elogiado pela sinceridade com que diz algo tão comprometedor para sua imagem e para a presidência da República. Não se trata de novidade, porque no passado ele já havia voado frequentemente em avião do Itaú, quando se sabe que em seu governo os bancos esfolaram, impunemente, suas vastas clientelas. Seja com for, é preciso que ele dê explicações sobre o que o levou a aceitar tais presentes, sabendo-se que os empreiteiros ignoram completamente uma das mais famosas lições da Bíblia, em Mateus (Mt.6:3): não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita."(Mt. 6: 3). Não dão nenhuma das mãos, mas recebem com as duas.
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Piada contada pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que a colheu na redes sociais: Ao se despedir de Dilma, após o encontro que tiveram no Vaticano, o Papa Francisco teria recomendado a ela que "jamais se afastasse do Criador", ao que a presidente, sem perder tempo, teria respondido: "Pode deixar que eu nunca saio do lado do Lula".
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(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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