terça-feira, 23 de abril de 2013

O risco e a advertência

Não tem cabimento ficar apenas sujeita à Câmara Municipal a proposta de mudança nos textos que tratam da ocupação do solo e edificações, porque é matéria que transcende interesses imediatos e empresariais. Toda a comunidade tem de tomar parte.
As discussões entre vereadores – por que apenas entre eles? - precisam considerar que a realidade urbana impõe que as construções se façam menos na verticalidade. Principalmente o centro da cidade já chegou ao ponto máximo para tolerar o adensamento. Em muitas ruas o sol já não bate nem venta, o que significa viver, alternadamente, com muito frio e muito calor.
A primeira responsabilidade de interferir nessa questão cabe ao Clube de Engenharia e ao Instituto dos Arquitetos. Logo depois, mas não menos importante, cabe a todas as entidades de representação comunitária.
E aos vereadores, o que cabe? Cabe votar de acordo com o interesse coletivo, sem cederem aos interesses empresariais.
Começo de
conversa
O PMDB já abriu conversações sobre os rumos que o diretório municipal deve tomar em 2014, com uma série de preliminares que serão tratadas objetivamente a partir do segundo semestre, que se aproxima. O assunto tem prosperado nas reuniões das segundas-feiras, mas ainda não envolvem diretamente o prefeito.
Em relação a Bruno, o partido terá de observar um detalhe importante: não se pode cobrar dele posições imediatas e preferências antecipadas em relação a candidatos, porque isso conduziria a dificuldades para a administração.
PPS já estuda
o rito da fusão
No sábado, em Belo Horizonte, vai se realizar uma reunião de representantes do PPS, para uma primeira discussão sobre a fusão com o PMN, da qual resultou o Mobilização Democrática. O diretório municipal será representado pelo secretário Marcos Pinto, que poderá trazer, já na próxima semana, uma relação das primeiras providências para que o processo de fusão se estenda à cidade.
Uma primeira
dificuldade
Em Minas, talvez mais que em outros estados, a criação do Mobilização Democrática nasce com uma dúvida. Se realmente o novo partido foi criado para dar sustentação ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos, do Pernambuco, aqui a dificuldade logo despontará, porque os planos mineiros estão voltados para um projeto idêntico, mas com Aécio Neves no centro.
Quem chega
e quem sai
Quando se fala sobre o futuro imediato do MD em Juiz de Fora a primeira indagação se refere ao prazo que será dado para filiação dos que vão aderir e de quem, estando no PPS ou no PMN, pretende sair. Aos que têm planos de disputar em 2014 dá-se prazo de 30 dias para a nova filiação, contados a partir da data da homologação do novo partido. Seria o caso do vereador Isauro Calais, candidato a deputado estadual, que pode se transferir para o PMDB.
PT cercando os
peemedebistas
Sem medo de que as campanhas eleitorais muito cedo iniciadas tendem a cair na fadiga e na falta de criatividade, o PT abriu uma nova etapa da campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas. É a tentativa de atrair o PMDB para o seu projeto. Pimentel já não esconde mais esse objetivo, sem fazer muito caso do poder de setores que propõem candidatura própria; setores que são liderados pelo senador Clésio Andrade, a quem se pode negar muita coisa, menos sua capacidade de persuasão; persuasão, segundo a Wikipédia, como “estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação”.
O alvo da
campanha
Ontem, conversando com jornalistas, quando saía para o almoço, o prefeito Bruno dizia que é otimista em relação aos resultados da próxima campanha do lixo urbano, que terá como ponto central e objeto-alvo a participação direta da população. Sem isso, garante, nada será possível conseguir.
Ainda se assiste a cenas dolorosas. Há pouco, pessoas que se dirigiam a Manoel Honório viram nas águas do Paraibuna um velho sofá, que o dono, já desinteressado dele, achou mais fácil entregá-lo ao rio.
Em busca de
um tribunal
Já se falou sobre o desabafo do ex-ministro José Dirceu, que pretende recorrer a organismos internacionais para desautorizar o Supremo Tribunal, que o condenou a dez anos de cadeia, por chefiar a quadrilha do mensalão. Mas ele precisa fazer a releitura da repercussão internacional do julgamento nos mesmos organismos, que exaltaram o Judiciário brasileiro no episódio. O "Financial Times" diz que "a condenação de Dirceu é um grande passo para o Brasil, onde as cortes têm sido tradicionalmente tímidas em punir corrupção".
Condenado
ao fracasso
Mais uma vez o deputado Tiririca é citado entre os mais operosos da Câmara, o que se explica pela eficiência da equipe que o assessora nas comissões técnicas. Contudo, esse sucesso é exatamente o que vai condená-lo ao fracasso num segundo mandato, pois não foi para ser um parlamentar sério que recebeu 1,3 milhão de votos. Esses eleitores queriam-no apenas para debochar e humilhar o Congresso.
Viu-se em Juiz de Fora algo parecido. O vereador chamado Tico-Tico, homem simples, que ganhou com o bordão “Me ajude, me ajude”, foi cumprir mandato com seriedade e saiu derrotadíssimo na reeleição.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do FOLHA JF ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário