segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quatro metas

A serem cumpridas as suas quatro metas básicas, o PSDB terá muito trabalho neste ano. O presidente do diretório estadual, Marcus Pestana, é quem fala sobre as tarefas dos tucanos: aperfeiçoar a estrutura do partido, dinamizando-o; fortalecê-lo nos estados onde se mostra frágil ou insipiente; ampliar o debate sobre o programa partidário; e organizá-lo de tal forma, que possa colher bons resultados na eleição dos novos prefeitos. Tudo isso, mas não necessariamente nessa ordem.
Em artigo publicado no jornal ”O Tempo”, Pestana reafirmou que a ênfase do PSDB neste ano é a eleição dos prefeitos de Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora, Betim e Ribeirão das Neves, além de Belo Horizonte, onde ele vê os tucanos em situação favorável.


Eterna vilã

Às incontáveis queixas que a sociedade brasileira acumula contra os excessos da burocracia oficial uma que é particularmente grave, por ser cruel, trata da liberação de órfãos para famílias que desejam adotá-los. Segundo dado divulgado ontem pela Associação Nacional de Adoção, o Brasil dispõe hoje de 4.988 crianças disponíveis, enquanto o número de pessoas que manifestam interesse em adotá-las de 27.290. Na maioria dos casos o ato não se consuma por causa da papelada.
A população brasileira que deseja adotar é certamente a maior do mundo. Vale a pena conferir.


Envolvimento

A presença de Lula na campanha eleitoral deste ano já é tida como certa pelo PT. Nesse particular, o único risco seria uma recomendação médica em contrário, pois não se sabe como estará o tratamento do câncer do ex-presidente nos próximos meses. Mas o partido tem outro desafio no projeto de ajudar os candidatos a prefeito: é preciso também fazer a presidente Dilma subir ao palanque. Subindo um, mas não subindo o outro, pareceria desentendimento e divergência interna.



Uma campanha sem excessos

O Tribunal Regional Eleitoral devia promover, em data a ser fixada logo, um encontro com os dirigentes dos partidos, e recomendar depois uma reunião com os próprios candidatos, para se traçar um plano de campanha que exclua os excessos, e, entre estes, as ofensas pessoais. Toda campanha convive com excessos, mas eles são esperados principalmente agora, porque os políticos acabam de sair de um ano em que fervilharam as acusações de corrupção, o que acabou resultando na queda de seis ministros. A preocupação é que as acusações se intensifiquem, principalmente nas cidades onde PSDB e PT conseguirem polarizar a disputa entre seus candidatos. E essa polarização ocorreria facilmente nos grandes centros, onde as divergências mais repercutem.
Uma decisão já tomada é que os partidos serão os primeiros e principais responsáveis pelo conteúdo dos pronunciamentos dos candidatos encaminhados para transmissão em rádio e televisão.


Eleição: Andrada vê
JF como estratégica

“ Apesar de não fazer parte da executiva, sou membro dos diretórios estadual e nacional, e sei que o PSDB vem para vencer nas principais cidades de Minas“, disse o deputado Lafayette Andrada, secretário de Defesa Social, que no fim de semana veio a Juiz de Fora para presidir a solenidade de posse do novo delegado regional de Polícia, Marcus Vinícius Silva. No caso local, ele afirmou que “a cidade é vista como estratégica pelo governo”, o que explica a disposição de jogar pesado na sucessão municipal.
O secretário, ainda que otimista, admite que o governo sentirá a falta do senador Itamar Franco, ao defini-lo como personalidade muito forte nas decisões. “Vai ser diferente sem ele”, afirmou.
Sobre a coordenação da bancada mineira na campanha para obter apoio da União às cidades flageladas, função que podia ser atribuída a seu pai, deputado Bonifácio Andrada, Lafayette acha que se trata de missão para o senador Aécio Neves. Com a experiência de nove mandatos, o pai deve continuar sendo um conselheiro do Congresso.

O que diz o TCU sobre
as verbas de gabinete?

Depois das peraltices praticadas por algumas câmaras municipais, generosas com os aumentos concedidos aos seus integrantes, e mais generosas ainda em relação às verbas de gabinete, aumentou a curiosidade em relação ao que o Tribunal de Contas anda pensando sobre isso. Trata-se, também entre os conselheiros, de matéria que está longe de dispor de consenso.
O entendimento do Tribunal de Contas sobre as verbas de gabinete das câmaras municipais foi fixado, em fevereiro do ano passado, num processo de consulta que teve como relatora a conselheira Teresa Duere, presidente em exercício do órgão. O consulente foi um vereador do pequeno município de Floresta, que tinha a seguinte dúvida: se a verba de gabinete for considerada irregular, qual deve ser a penalidade e quais serão as consequências?
A conselheira relatora partiu do pressuposto de que não há entendimento uniforme dos tribunais sobre a matéria, que, por sua própria natureza, é polêmica e complexa. Todavia, acrescentou, "todos sabemos que os edis necessitam de condições para que possam exercer suas funções previstas na Constituição, e que as câmaras municipais estão obrigadas a fornecê-las, devendo para tal proceder a um planejamento orçamentário adequado, de forma a evitar a realização de gastos pelas vias excepcionais".
Ainda que carente de clareza, pode-se entender por “vias excepcionais” o conjunto de malandragens praticadas com o dinheiro do contribuinte.

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Depois de uma ditadura de 50 anos, que teria durado mais, não fossem as enfermidades do comandante Fidel, o regime cubano chega à conclusão que mandato não deve passar de dez anos. Demorou meio século para admitir que é preciso renovar os homens, ainda que seja para que as coisas fiquem como estão.
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Em memória

Dia de posse

O 31 de janeiro ficou na história como o dia em que os prefeitos tomavam posse, até a nova Constituição estabelecer que o novo mandato devia começar sempre no primeiro dia do ano, o que em breve deverá mais uma vez mudado. Há projeto fixando o dia 10. Quem abriu a história dos prefeitos eleitos pelo voto direto, em 1947, foi Dilermando Cruz, que assumiu em 14 de dezembro. Seu sucessor, Olavo Costa ficou como o primeiro a assumir em 31 de janeiro, o que se deu no ano de 1951. O fato é lembrado pelo jornal TER NOTÍCIAS, em sua edição de hoje, com foto em que Olavo recebe o cargo do prefeito interino, Eudóxio Infante Vieira.


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(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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