domingo, 11 de novembro de 2012

A sucessão em pauta

A próxima eleição presidencial já está na ordem do dia. A imprensa veicula notícias dando conta da possível candidatura da presidente Dilma à reeleição, enquanto surgem notícias de prévias no PSDB ou aclamação do senador Aécio Neves como candidato dos tucanos à presidência da República. O PMDB quer reeditar a aliança com o PT, e pretende continuar com a vice-presidência, possivelmente mantendo Michel Temer. O PSB, ocupando cada vez mais o cenário nacional, cogita o governador Eduardo Campos para uma eventual candidatura em 2014 ou 2018. Por isto, é a “noiva” cobiçada do momento. Com tais movimentos, perceptíveis pelos que acompanham de perto a cena política, pode-se depreender que a agenda da disputa pelo poder central está posta desde agora. Outro fato de relevo na conjuntura política é a reivindicação do PMDB de manter a presidência do Senado Federal, e obter a presidência da Câmara dos Deputados pelo rodízio com o PT. Caso isso se concretize o PMDB estará muito fortalecido em relação aos demais partidos da base aliada. Sabendo, o PSB reivindica substituí-lo na próxima chapa presidencial encabeçada pelo PT, que deve estar preocupado com o apetite de poder do PMDB, e que pretende um movimento junto aos aliados no sentido de uma contenção de tamanha aspiração de poder. No curto prazo das festas do final de ano, em seguida a posse dos prefeitos e vereadores, e depois o período de férias e mais carnaval darão pequena folga nas articulações para 2014. Mas a presidência das casas do Congresso Nacional vai forçar permanente conversação de bastidores.
Grande risco
Acaba de sair o livro “Dívida Pública do Estado de Minas Gerais”, dos economistas Fabrício de Oliveira e Cláudio Gontijo, diretores do Conselho Regional de Economia. Para eles, os compromissos financeiros do estado chegaram a um ponto em que podem ser considerados impagáveis. E vão além: se não houver uma revisão dos termos de contrato, quando chegar 2018 o governo já não terá como manter os serviços essenciais.
Cadastro
Os novos eleitores já podem procurar os cartórios e se cadastrarem para participação em pleitos futuros, o primeiro dos quais virá em 2014. Também podem recorrer à Justiça os que, já sendo eleitores, pretendem alterações em seus títulos. Para a eleição que virá dentro de dois anos, a previsão é que o colégio cresça entre 5% e 7%.
Desafogo
O prefeito eleito, Bruno Siqueira, e muitos outros que vão assumir em janeiro, devem torcer para que acabe bem sucedida a nova sistemática de participação dos municípios no rateio do imposto que incide sobre o petróleo. Juiz de Fora, que no ano passado ficou com R$ 719 mil, em 2013 pode subir para R$ 4,4 milhões.
Mão pesada
Se a maioria do Supremo Tribunal acompanhar os passos do ministro Joaquim Barbosa, haverá quem aposte que a pena aplicada sobre o ex-ministro José Dirceu não será inferior a 15 anos. Sobre ele pesa a acusação de formação de quadrilha e corrupção ativa.
Consensual
No jantar de sexta-feira em que se comemoravam os 79 anos do ex-deputado Fernando Junqueira, um dos convidados mais assediados era o vereador Júlio Gasparette. Sobre ele, o que os políticos presentes comentavam é que está somando votos que em breve lhe darão condições de se eleger presidente da Câmara como candidato consensual. Acresce o fato de Júlio carregar experiência, o que é importante em primeiro ano de legislatura e início da gestão do prefeito.
As verdades
Tem cabimento no campo da atividade política o que disse Abgar Renault em “Reflexões Efêmeras”:”Há pessoas que não mentem, mas possuem várias verdades para o mesmo fato”.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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