quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Batata quente

Para que se tenha ideia de como os tempos andam sombrios para os prefeitos, basta lembrar que a entidade que os representa em Minas acaba de adotar uma atitude insólita: pediu ao Tribunal de Contas que eles sejam liberados da exigência de não deixar restos a pagar para seus sucessores. Se o problema é menor para os reeleitos, porque a dificuldade é deles é continuará com eles, os novos estão na iminência de engolir uma batata quente. Pouco provável que a Associação tenha êxito, pois é difícil admitir que o próprio Tribunal recomende o descumprimento da Lei de Responsabilidade.
Pouco melhor
Começam a ser estudadas as condições em que se fará a transição da atual para a futura administração, trabalho confiado a uma comissão bipartite. Ainda não se conhecem dados objetivos, o que não impede que se arrisque um palpite: Bruno receberá a máquina em melhores condições, se houver comparação com aquelas que surpreenderam Custódio Mattos, há quatro anos. Bruno, pelo menos, pode tocar obras iniciadas ou com recursos alocados. Custódio, ao contrário, teve de passar longos meses trabalhando para fechar os rombos deixados por bejani.
Primeira peça
O Partido dos Trabalhadores não vai desonrar compromissos com aliados fieis, garantiu a presidente Dilma, ao anunciar que no Congresso os votos petistas servirão para o PMDB ganhar a presidência da Câmara. O acordo em torno das Mesas das duas Casas é a primeira peça de muitas jogadas que terão como objetivo a reeleição da presidente.
Fora de cena
Na entrevista ao jornal “O Tempo”, publicada na edição de ontem, o presidente do PSDB de Juiz de Fora, vereador José Laerte, garantiu que os tucanos não têm parte nas negociações para a formação do secretariado municipal que vai assumir em janeiro. O que significa não concorrer a cargos. Laerte explica que o apoio dado a Bruno Siqueira no segundo turno dependeu mais da orientação do comando estadual dos tucanos do que propriamente de uma decisão local.
Dado novo
Os dirigentes estaduais do PMDB certamente vão decidir à luz dos resultados das últimas eleições os rumos que o partido haverá de adotar nos próximos meses. E, quanto à renovação da executiva, o que começa a ser tratado em dezembro, terão de levar em conta que em 2013 Juiz de Fora será a mais importante prefeitura de Minas comandada por um peemedebista, o que não acontece há mais de dez anos.
Audácia de sobra
Fácil de explicar a audácia do deputado federal Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro de Lula, que propõe o fim do Jardim Botânico, criado por dom João VI. É que sua família é uma das invasoras que construíram residências ilegais dentro da reserva ambiental do Botânico, e agora são expulsas por determinação da Justiça Federal. Primeiro os meus, deve pensar o deputado.
Carga tributária
Para confirmar que o brasileiro sofre nas costas uma carga tributária das mais pesadas do mundo, basta citar números divulgados pelo próprio governo, através do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Entre os alimentos, 16 itens essenciais são tributados, no minimo, em 35%. Na lista dos artigos escolares todos são sobrecarregados com impostos acima de 49%, exceção apenas para os livros, que ficam com 13%. Os móveis residenciais ficam onerados em 40%. Os números desmentem os que dizem que o imposto alto sobre produtos indesejáveis e maléficos serve para inibir o consumo. O imposto sobre os cigarros é de 81% e sobre a cachaça 83%. Ninguém deixou de fumar e beber por causa disso. Tudo para não se falar do imposto de renda, que fica entre 15% e 27,5%, o plano de saúde, a escola dos filhos, IPVA, IPTU, INSS, FGTS, além de taxas, tarifas e outras agressões. (( publicada também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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