quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O primeiro

O diretório do PMDB de Juiz de Fora de Fora é o primeiro de Minas que se renova com base nas lideranças projetadas pelas eleições municipais deste ano. O processo deverá ser conduzido sem maiores problemas de convivência interna, o que o leva a ser observado com interesse pelo comando estadual. Neste particular seria modelo para os demais diretórios, mas certamente há muitos casos de disputa. Amanhã à tarde, formado o diretório, tendo o prefeito Bruno Siqueira como primeiro nome, elege-se o novo presidente, Paulo Gutierrez.
Preferência
Chamado a participar de alianças bem sucedidas, ao apresentar suas reivindicações o PSDB tem revelado preferência pelo setor de Saúde. Em Belo Horizonte, onde apoiou Márcio Lacerda, eleito no primeiro turno, o partido já indicou Marcelo Teixeira. Em Juiz de Fora, tudo indica que os tucanos seguirão o mesmo caminho preferencial.
No encalço
Quando se faz conferência das contas irregulares do Ministério da Previdência no governo passado a Justiça diz que o ex-presidente Lula tem de devolver R$ 9,5 milhões. A Justiça Federal de Brasília optou por extinguir a ação, mas a Procuradoria Geral da República não aceita a decisão e vai reabrir o caso. Na onda do mensalão, a Procuradoria quer puxar o fio de outras meadas
Sob cautela
Sem recusar as articulações que pretendem levá-lo à presidência nacional do PSDB, o senador Aécio Neves é cauteloso e garante que não daria um passo nesse sentido sem ter, preliminarmente, uma conversa com Fernando Henrique e José Serra, que falam pelo alto comando do tucanato paulista. Na verdade, quando São Paulo não aceita, as coisas se complicam.
Sem compras
Daniel Pereira, professor de astrofísica da Universidade de São Paulo, propõe que o Congresso institua o 23 de novembro como o Dia Sem Compras, o que, entre outras vantagens, melhoria as condições ambiente. Por que 23 de novembro? Isto é que não está muto bem explicado. O professor desenvolve sua campanha indagando: “Você já parou para pensar se o que compra é realmente uma necessidade ou se foi o marqueteiro de plantão quem lhe convenceu disto? Qual será o impacto no planeta e no seu bolso ao fazer uma compra?”.     E mais: não pensar se realmente precisamos do que estamos comprando; se vamos usar por muito tempo ou se foi o marqueteiro campeão de prêmios internacionais quem nos mandou comprar é uma forma de ignorância; ignorância no sentido de não refletir sobre toda a cadeia que gerou aquele bem, quando foi retirado da natureza, muitas vezes de maneira irreversível, e o quanto o que estamos comprando agora tornará o amanhã privado desse mesmo bem e de muitos outros até mais importantes.
Sobrestado
Fez bem o vereador José Figueirôa em usar o expediente do pedido de vista para sobrestar o projeto que pretende a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, porque se trata de iniciativa incompatível com o período de transição entre duas administrações. Poderia ter feito o mesmo em relação à Secretaria de Turismo, porque não se sabe o que o próximo prefeito pensa nessa área. Mas o que foi submetido à Câmara é pouco mais que uma intenção, sem maiores insinuações sobre a estrutura do novo órgão, pessoal e fontes de recursos.
Jogo do poder
Quando presidente e governador caem em campo para formar sua equipe imediata o primeiro desafio que enfrentam é acomodar as forças políticas que lhes deram apoio e contribuíram para sua eleição. Os novos prefeitos não escapam disso. Se estão em pequenos e médios municípios as pressões para a conquista de posições são diretas, e para eles os resultados podem ser piores, porque as insatisfações costumam desaguar em inimizades paroquiais. Eis que os pretendentes frustrados estão bem próximos. A dificuldade na composição de um secretariado é que os grupos de apoio muitas vezes superestimam sua contribuição nas urnas. Dizem que deram mais do que efetivamente podiam dar. E o prefeito nunca dispõe de elementos para aferir o potencial aplicado de seus aliados. Não pode ir muito além da subjetividade. Outro problema está em diferenciar as adesões que se fizeram no primeiro turno e as que vieram no segundo, figurando entre estas algumas que apoiaram o prefeito mais por não aceitar o adversário dele. É o veto vestido de voto. Na fase mais delicada das negociações para escolher poucos nomes e defenestrar muitos, já se sabe que evitar certos descontentamentos é algo impensável.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário