segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Reciclagem

Já vão ser iniciados os trabalhos do grupo encarregado de traçar as linhas da transição da atual para a futura administração. Nesse momento não faltará quem sugira um diagnóstico da estrutura do setor de fiscalização da prefeitura, que, segundo observadores experientes na área, precisa ser ampliada, reciclada e com estratégias de trabalho mais bem definidas.
Sem retoque
A direção estadual do PMDB, tomando por base os resultados das recentes eleições, vai avaliar a necessidade de mudanças ou ajustes em seus diretórios do interior. O que, aliás, deverá ocorrer com vários outros partidos. Mas, quanto ao diretório de Juiz de Fora, parece que nada há para ser alterador, porque o grupo que venceu as eleições é majoritário.
Gargalo
O prefeito eleito, Bruno Siqueira, tem dito que vai empregar toda a energia disponível de suas relações com o governo federal para dar andamento a obras que, sendo essenciais, necessitam de recursos e apoio de Brasília. Fala-se constantemente na remoção do tráfego ferroviário da zona urbana, de difícil e cara execução. Mas, antes dela, há o problema da BR-440, com algumas complicações, pois, além do descontentamento de parcela de moradores da região, persiste um entrave no Tribunal de Contas. Para não se falar dos transtornos de uma obra interrompida.
Pedra no sapato
Não há quem ignore ou seja objeto de surpresa que a recente derrota de José Serra (foto) em S.Paulo não significa automática desistência dos paulistas em relação à campanha pela presidência da República em 2014. Fora de cogitação, na visão deles, entregar o espaço ao mineiro Aécio Neves, por mais que as evidências do desejo de renovação o recomendem. Já se fala no senador paranaense Álvaro Dias para ser, por hora, o nome de contraponto dos paulistas. Há no meio tucano uma desconfiança quanto à tese do candidato 'novo' na eleição presidencial. Mas FHC levanta esta tese agora. Por quê? Será mais um sinal da resistência paulista aos mineiros?
Liderança
Poucas horas antes de o Congresso abrir o novo ano legislativo, em fevereiro, a bancada do PSDB, que tem dupla função – instruir o partido e liderar a minoria – terá de manter uma discussão estratégica: eleger um líder mineiro, para com ele avançar no projeto da candidatura do senador Aécio Neves à presidência da República ou, preferivelmente, deixar alguém de Minas para 2014, quando a Câmara já estará em pleno clima de sucessão da presidente? Ambas as correntes têm razão em alguns de seus argumentos, e um deles está no perigo de se jogar decisão importante com prazo dilatado. Sobre a longa ausência de um mineiro na liderança da bancada do PSDB: o último foi o então deputado Custódio Mattos em 2008.
Trabalhistas
O PTB mineiro não revelou grande disposição em relação a projetos de disputa das prefeituras com candidatos próprios, a não ser em municípios onde o partido conseguiu se manter independentemente de alianças ou com nomes em condições de vencer. Neste ano foram 134 candidatos; em 2008 eram 167. Nem por isso, segundo levantamento realizado pelo diretório estadual, a legenda deixou de ser atraente, por causa dos bons minutos de propaganda gratuita que a campanha eleitoral teve em rádio e televisão. Juiz de Fora foi a primeira cidade de Minas em que o PTB se definiu: fez aliança com o PSDB.
Os sindicatos
Iniciada em Juiz de Fora no segundo semestre do ano ano passado, o projeto do tucanato de atrair para sua órbita de influência grandes sindicatos de representação dos trabalhadores deslocou-se depois para Belo Horizonte, onde o propósito era ambicioso: os tucanos queriam ganhar os sindicatos dos professores, dos eletricitários e os trabalhadores em serviços de água; o que, vale dizer, pretender os trabalhadores de Cemig, da Copasa e da rede oficial de ensino. Nem tudo foi possível, mas em alguns casos as avaliações concluem por bons resultados.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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