segunda-feira, 17 de junho de 2013

As manifestações

Ônibus, violência, pessoas feridas, destruição e protestos inspirados nas mais diferentes razões passaram a fazer parte do cotidiano das grandes capitais e também agora Juiz de Fora. O governo prefere insinuar que as consequências mais graves devem ser atribuídas a “desordeiros infiltrados”, o que parece ser argumento fácil, de difícil comprovação, para um fenômeno que deixa expostos dados importantes. O primeiro deles é que não se trata de movimentos isolados, mas resultado de “coordenação espontânea”, no que couber tal definição, à primeira vista incongruente. Nascem em S.Paulo, Rio, Niterói, Santa Catarina, Belo Horizonte. Não é prudente o escapismo do governo de culpar “infiltrados”.
Observe-se, ainda, que tais manifestações vêm ocorrendo à revelia dos partidos de oposição, de sindicatos e entidades. É coisa da classe média, notadamente de jovens, que vão à rua para dizer que não é possível gastar bilhões em campeonatos de futebol, quando o ensino e a saúde estão pela hora da morte.
Em Juiz de Fora
Na noite desta segunda-feira, cerca de 2.500 jovens tomaram a Avenida Rio Branco, gritando palavras de ordem e portando cartazes com as mais diferentes mensagens, que iam desde “povo que se cala, o País não muda” até o singular apelo por um “Tibet livre”.
Um detalhe que não pode escapar dessa manifestação, a maior que a cidade já viu: a multidão foi convocada apenas pelas redes sociais, sem participação de jornais e emissoras de rádio e televisão.
Barba de molho
Em julho, que já está chegando, a prefeitura terá de definir o reajuste da tarifa do transporte coletivo. Os empresários do setor querem que ela suba de R$ 2,05 para R$ 2,20, mas certamente sabendo que não será tanto.
A questão do valor das passagens, que sempre colocou os prefeitos na berlinda, é o primeiro teste pesado para o prefeito Bruno. Com um detalhe desconfortável: há um sentimento nacional de que o brasileiro paga muito por um transporte nem sempre satisfatório.
Mais hotel
As perspectivas sobre o futuro da cidade, sejam elas comedidas ou não, estimulam alguns setores a investir. É o caso da hotelaria. No fim de semana, a Rede Arco anunciou, em Belo Horizonte, que Juiz de Fora, entre cinco centros do interior, entrou em seus planos imediatos, com previsão de inaugurar seu hotel aqui em 2015, quando o grupo, hoje com 40 unidades, espera atingir faturamento de R$ 2 bilhões.
Campanha
Zé Kodak e sua Banda Daki marcaram êxito, no sábado, em a campanha para recolher agasalhos e distribuí-los a famílias carentes da cidade. Sopa dos Pobres, Casa do Caminho e Paróquia São Geraldo receberam, cada uma, camioneta e kombi com carregamento de peças doadas.
Quem paga?
Por causa de manobras descuidadas de veículos, quatro postes do Calçadão da Rua Halfeld foram derrubados.
O piso da Calçadão, obra feita só para pedestres, afunda em vários pontos, por causa dos brucutus das transportadoras de valores.
Em ruas centrais, os proprietários cuidam de manter pintados muros e paredes, mas não são respeitados pelos pichadores anônimos.
Quem vai pagar o prejuízo?

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