terça-feira, 17 de abril de 2012

Sob pressão

O julgamento pelo STF dos 38 réus no processo conhecido como mensalão, ainda neste semestre, é algo de duvidar. Como reconhece o Ministro Ayres Brito, presidente do Supremo a partir de amanhã, é julgamento peculiar, quer seja pelo quantitativo de procedimentos regimentais a serem cumpridos, quer seja pelo envolvimento de políticos entre os réus. Sabem bem os ministros o quanto serão procurados para diálogos com interlocutores importantes da República. Quantos constrangimentos alguns passarão até o mês de julho. Talvez por isso concluam pela necessidade de procrastinação para o ano de 2013, um ano sem eleições.

Aeroporto

O governo estadual garantiu que até fins de julho terá sido cumprida a última etapa de obras no aeroporto do Goianá, o que significa desbastar um morro de cabeceira, que até hoje impede a chegada de aviões cargueiros. Eles ainda não dispõem de visibilidade suficiente para descer. O custo final da obra é de R$ 10 milhões.
O aeroporto já tem empresas cadastradas para operar com cargas.


Dissidência

Em Belo Horizonte, os fatos políticos vão levando dissidentes do PT a olhar com simpatia a candidatura do PMDB à prefeitura. Em Juiz de Fora pode ocorrer o contrário, se as conversações não chegarem a bom termo.


Com vagar

Se os pequenos partidos têm como ajustar as chapas de candidatos a vereador, formando ou não coligações, o mesmo não se dá em relação à prefeitura. Sendo pequenos e sem faixa própria para disputar, o que lhes resta é esperar que os grandes decidam, e então possam ocupar algum espaço nos esquemas maiores. Até que isso aconteça, permanecem mantendo seus sonhos em fogo brando.


Acomodado

Depois de um período em que parecia dono de grande animação para atuar na politica mineira, escapando dos limites de São Paulo, o PDS parece ter se recolhido. Já faz parte do primeiro escalão do governo Anastasia e não revela interesse em apressar sua expansão para os municípios do interior.


Rumo certo

Ao comunicar, ontem, o que já era esperado – a retirada de seu nome como pré-candidato à prefeitura – o vereador Isauro Calais não disse qual partido pretende acompanhar. Mas dois pontos ficaram claros: 1 - trazendo de 2010 cerca de 25 mil votos na bagagem, ele será candidato a deputado estadual; 2 - qualquer que seja o candidato a apoiar, o seu PMN vai insistir na indicação do candidato a vice-prefeito. E tão animado nesse projeto, que tem seis opções a oferecer.
Calais faz referências simpáticas ao deputado Bruno Siqueira, que quer disputar pelo PMDB. Elegendo-se prefeito, Bruno deixa de ser deputado e Calais terá mais espaço para chegar à Assembleia.


Marcha lenta

O senador José Sarney pode ser ajudado pela conhecida hipocondria que carrega, e, temeroso, cumprir com rigor o que certamente lhe será prescrito pelos médicos, depois do susto com o coração. Ele terá de reduzir bastante o ritmo das atividades, delegar decisões que prefere concentrar nas mãos, abdicar do controle absoluto do que acontece e deixa de acontecer no Maranhão, e, se possível, reduzir a carga de maldades contra o País.



(( publicado na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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