quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ano presidencial

Nenhum entre os partidos chamados viáveis vai fechar 2012 e começar 2013 sem que tenha, como objetivo maior, a partir da conquista das grandes prefeituras, construir uma estrutura de poder político quando se elegerão governadores e o presidente da República. Partindo do princípio de que os principais municípios darão ponderável sustentação ao projeto presidencial, eles se convenceram de que as urnas que se fecham no dia 28 começarão a definir o fôlego dos aspirantes. Em Minas, talvez mais que em qualquer outro estado, esse projeto é evidente, se se tomar por base o PSDB, que lidera um grupo de partidos que sonham com a candidatura de Aécio Neves à presidência. Assim, o candidato a governador para substituir Anastasia terá perfil inteiramente identificado com os planos do senador. Uma identificação que se poderia encontrar, por exemplo, em Alberto Pinto Coelho ou Marcus Pestana. O problema é que tudo isso ainda depende de ver como estarão os tucanos de São Paulo, que têm os mesmos planos, só que direcionados para Serra ou Alckmin. Mais que o PSDB, o PT investe em um referencial para ser definido agora: Dilma ou Lula em 2014. Por ora, não tem como se preocupar com a direção de seu projeto. A um dos dois que atingir estará tudo certo.
Pela dignidade
Há quem recomende à presidente cobrar uma compensação dos que se beneficiam do Bolsa Família. Vale lembrar que em 2007, visitando a cidade, o então ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, garantiu que essa preocupação já tinha parte no governo, e, nesse sentido, passaria a investir mais em programa destinado a conferir dignidade pessoal aos beneficiários. Bom que seja assim. O crescimento é o único meio de aliviar a pobreza das massas. O distributivismo, pela chamada via direta, não é alternativa sustentável. Perpetua a cultura da dependência e a pobreza das massas, dizia Diapak Lai, que gostava de pensar a realidade ocidental com base na filosofia oriental.
Privilégio
Colin Vaughan Foster (israelense radicado na Europa, e que vive hoje no Brasil), é marido de Graça Foster, poderosa presidente da Petrobras. Pois muito bem, só nos últimos três anos ele assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos anos. A C. Foster é empresa de propriedade do marido, para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades desse rentável setor governamental, segundo denúncia veiculada na internet.
Primeiro problema
Se serão muitos os problemas que o próximo prefeito haverá de enfrentar, já se sabe que o primeiro é a decisão do estado de retirar sua cota na manutenção da UPA da Zona Norte, o que vai elevar de R$ 300 mil para R$ 450 mil a participação mensal da prefeitura naquele serviço. Se não agir rápido, os cortes vão se estender a outras unidades.
Selo no pacto
Liderados pelo PPS de Antônio Jorge e pelo PSDB do deputado Marcus Pestana, os partidos da base política do governo do estado querem fazer do seu encontro de sexta-feira o ato que celebrará o pacto de apoio à candidatura de Bruno Siqueira à prefeitura, o que já ficou definido em reunião multipartidária realizada na segunda-feira em Belo Horizonte. Há um argumento insistentemente anunciado pelos dirigentes desses partidos para conferir importância a longo prazo para Bruno, se for eleito: maior aproximação da prefeitura com o governo estadual.
Novo recorde
No domingo, 28, quando se elegerá o prefeito, a Justiça Eleitoral poderá registrar um novo recorde de apuração dos votos, considerado-se que são apenas dois os candidatos em disputa. Encerrando-se a votação às 17h, noventa minutos depois já se saberá quem é o novo prefeito.
Reforço
O PT precisa trabalhar ligeiro se pretender ver Lula no último palanque da candidata Margarida Salomão. Não se trata mais de especulação, mas é fato que o PMDB, argumentando ser parte da base de apoio e que em Juiz de Fora vai medir forças com o PT, fez chegar ao governo que se sentiria desafiado com a presença do ex-presidente.
Encontro marcado
No dia 2 de janeiro o então presidente do PPS, Antônio Jorge Marques, admitia que a tendência a ser seguida na disputa da prefeitura era levar apoio ao candidato que fosse mais afinado com o governo do estado. Reconhecia que naquele momento sinalizava-se para a reeleição do prefeito Custódio Mattos. Hoje, o partido apoia o candidato Bruno Siqueira, que não pode ser acusado de estar fora da referida base.
(( publicado na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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