segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fora de hora

Antes que as urnas indiquem quem será o próximo prefeito, é desnecessário e improdutivo discutir a presidência da Câmara, sem que faltem alguns desejosos de precipitar negociações. O Legislativo é um poder independente, mas o prefeito sempre influi, ainda que disfarçadamente. Algumas vezes, quando se inaugurava a legislatura, a presidência ia automaticamente para o vereador mais votado, e desta vez seria Isauro Calais. Mas não é um critério que tenha de ser obedecido.
Rapidez
Não apenas em Juiz de Fora, mas também em Contagem, Uberaba e Montes Claros, a Justiça Eleitoral espera consumir pouco mais de uma hora para divulgar os eleitos do segundo turno.
Muitos papéis
O governo da presidente Dilma vai caminhando para concluir sua primeira metade, e dele ainda não se viu disposição de atacar o velho problema dos excessos burocráticos. O Brasil continua sofrendo um porre legiferante, resultado do gosto nacional por leis, normas, instruções, expedientes e carimbos. Há uma tendência de se valorizar tudo que tem muito papel, o que faz do País o maior consumidor mundial de resmas para publicação dos atos públicos. Com isso, nossa vida é uma complicação submersa na papelada, com agravante de que é exatamente aí que prospera a formidável indústria de corrupção. Como somos também um povo de modesto gosto pela leitura, conclui-se que passamos em marcha batida sobre o que dizem esses documentos, sejam ele importantes ou não.
Poesia e prosa
Toda vez que se assiste à chegada de novos administradores, sejam eles do plano federal ou municipal, vem à memória o que sobre o fim de campanhas eleitorais dizia o governador Mario Como, de Nova York: “Faz-se campanha com poesia; depois governa-se com prosa”.
Peso eleitoral
O eleitorado da Zona da Mata (incluído o município de Barbacena, que na verdade faz parte de Vertentes) deve ganhar um novo peso para 2014, quando o estado continuará sendo a segunda maior população de eleitores do País, e provavelmente com um candidato à presidência da República. Já neste ano, segundo dados baseados no TRE, os mineiros desta região ficaram em torno de 1,5 milhão de votos. O entendimento que se tem é que, no conjunto, e mesmo que se mantenham os números de hoje, quando for eleito o presidente da República, o peso da região será considerado, talvez logo abaixo da zona metropolitana de Belo Horizonte. Quando foram eleitos os novos prefeitos, só os sete maiores municípios representariam, em números redondos (aqueles que terminam com um ou mais zeros), cerca de 800 mil votos válidos. São eles: Juiz de Fora, 380 mil; Barbacena, 140 mil; Ubá, 90 mil; Muriaé, 90 mil; Manhuaçu, 80 mil, Ponte Nova, 80 mil; Cataguases, 70 mil.
Vandalismo
A partir da manhã de domingo alastrou-se uma onda de destruição de peças de propaganda do PMDB e do candidato Bruno Siqueira, principalmente os cavaletes nas grandes avenidas. Até então, a campanha vinha se desenvolvendo sem esse tipo de agressão.
Só quatro dias
O que pode esperar um candidato a prefeito que luta por cerca de 150 mil votos e está a menos de 100 horas para a abertura das urnas? É sempre uma torcida interessante, porque quem tem as melhores chances não quer mudanças no cenário, mas manter a mesma situação até o fim. E para quem não lidera as expectativas, a esperança está num imprevisto favorável de última hora. “Já vi eleição ser ganha no último dia”, diz o presidente do PT, Rui Falcão, animando a militância. No passado, o jogo de incertezas ia até o momento final da contagem dos votos, que era feita manualmente.
Aposta em Brasília
Se, não muitos, mas os principais problemas do município dependem de um vigoroso aporte financeiro de Brasília, os candidatos a prefeito procuram mostrar aos eleitores que têm caminhos e portas abertas para chegar às fontes doadoras. Margarida lembra sua filiação partidária, que é a mesma do alto comando do governo federal. Já Bruno mostra o vice-presidente Michel Temer, segundo homem do poder. São correligionários no PMDB.
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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