domingo, 14 de outubro de 2012

Pesquisas

Diferentemente do que se viu no primeiro turno, agora, no segundo, apenas duas pesquisas serão suficientes para indicar aos eleitores o favoritismo na disputa pela prefeitura. A primeira, elaborada por empresa pesquisadora do Rio, deve ser conhecida nas próximas 48 horas.
Alvo comum
Como não podia deixar de ser, o alvo preferencial dos candidatos a prefeito são os eleitores que se desinteressaram pelo primeiro turno. Somados os que se abstiveram, votaram em branco ou anularam o voto, em Juiz de Fora eles formaram uma multidão de 100.000! Tentar conquistá-los, ainda que parcialmente, é mais interessante que atrair eleitores dos adversários ou buscar partidos de relativa influência.
Influentes
Considera-se que, bem pesados os resultados das eleições do dia 7, os senadores Aécio Neves e Clésio Andrade foram os que mais conseguiram ampliar prestígio político no interior do estado. Quanto ao terceiro senador mineiro, Zezé Perrela, pouco se pode dizer, porque sua atuação na campanha foi discretíssima.
Novo modelo
No sábado, o Tribunal Regional Eleitoral já tinha abertos seus espaços em rádio e televisão para a propaganda dos dois candidatos a prefeito. Especialistas acham que esta nova fase da disputa exige propaganda mais incisiva e mais objetiva, considerando-se que são apenas dois candidatos, o que desperta a acuidade do eleitor, ao mesmo tempo em que o torna mais exigente.
Os finalistas
Embora sejam apenas 50 entre os 5.560 municípios brasileiros que terão eleição em segundo turno, é muito grande o interesse político em torno do que as urnas vão dizer no dia 28. É que eles revelaram ter um eleitorado ativo em torno de 23 milhões, além de todos serem referência social e econômica de suas regiões. Em Minas, são quatro: Contagem, Uberaba, Montes Claros e Juiz de Fora.
Faltou dizer
Acuado moralmente pela condenação que acaba de receber no Supremo Tribunal Federal, como integrante da quadrilha do mensalão, José Genoíno preferiu deixar o cargo de assessor do Ministério da Defesa. Não lhe restava alternativa. Permanece, contudo, uma curiosidade: tendo atuado em campos tão diferentes das instituições, agora defendendo as Forças Armadas, que antes ele quis destruir pela via da luta não convencional, qual terá sido a contribuição de assessoramento do ex-guerrilheiro ao lado dos militares?
O que pensam?
Pergunta-se, frequentemente, se os maus políticos, principalmente os corruptos, pensam no seu amanhã, já que são incapazes de pensar no amanhã dos outros. Não levam para a eternidade o dinheiro que roubam, e o que deixam acaba envergonhando os herdeiros, que um dia haverão de pagar com vexame. Sobre pessoas desse tipo disse o Dalai Lama: “Vivem como se não fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.
É preciso
Esbarrando em resistências de setores governistas, sem que faltem insinuações camufladas, os bons ministros do Supremo Tribunal Federal vão julgando e condenando os figurões responsáveis pelo mensalão. Têm amplo apoio da sociedade brasileira, não apenas para a necessária punição, mas porque, como disse o jurista José Gregori, é preciso mostrar os fatos para que eles não se repitam.
Passa incólume
O voto proporcional, que ofende a democracia representativa, vai vencer mais um ano sem que seja molestado. Havia quem apostasse em sua derrubada em 2011, o que não aconteceu graças aos que o defendem como forma de garantir oportunidade para os partidos menores. Já 2012 vai passando com a repetição do fenômeno: candidatos a vereador menos votados vão assumir, atropelando muitos outros com votação mais expressiva.
Macrodelinquência
Do professor Marco Antônio Villa, da Universidade Federal de São Carlos: “O ministro Celso de Mello, decano do STF, foi muito feliz quando considerou os mensaleiros marginais do poder. São marginais do poder, sim. Como disse o mesmo ministro, "estamos tratando de macrodelinquência governamental, da utilização abusiva, criminosa, do aparato governamental ou do aparato partidário por seus próprios dirigentes". E foi completado pelo presidente Carlos Ayres Brito, que definiu a ação do PT como "um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto". Foram palavras duras, mas precisas”!. (( publicado na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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