segunda-feira, 27 de maio de 2013

As prioridades

Quando chegar a campanha eleitoral para o governo do estado, em 2014, os discursos da região poderão desengavetar antigas reivindicações, como a reconstrução e alargamento de trechos críticos da BR-267, a conclusão da BR-040, da BR-440 e a construção de ponte ligando Rio Preto a Valença, como parte da esperada rodovia que sai de Orvalhos, encurtando em 80 quilômetros a ligação com S. Paulo, contornando Volta Redonda e Barra Mansa. Também se pediu muito na campanha passada, mas é obra que está em curso: a ligação do aeroporto de Goianá à Zona Norte de Juiz de Fora.
Aliás, nessa mesma linha de prioridades, estas foram as preocupações que prefeitos da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paraibuna manifestaram ao senador Itamar Franco, quando ele desejou saber, em fins de 2010, o que gostariam que propusesse aos governos estadual e federal.
Integração
As ações administrativas do estado ganhariam a dinâmica desejável se fossem apoiadas por organismos de representação regional, como é proposto ao governador por deputados de sua base de apoio. Até agora, as poucas entidades em funcionamento não têm sido apoiadas suficientemente. Um exemplo está na Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paraibuna, criada há 32 anos, mas sempre distante de atingir os objetivos integracionistas que a inspiraram.
Peemedebistas
No fim de semana, o PMDB promoveu uma primeira reunião microrregional de suas lideranças neste ano, em São João Nepomuceno, com a participação de representantes de 15 diretórios. Um primeiro ensaio para se definirem posições em 2014.
Convidado, o prefeito Bruno não pôde participar, sendo representado pelo secretário Marlon Martins.
Velha pendenga
O médico Ariosto Meireles, que há três anos deixou suas atividades pecuárias no Sul do estado para se dedicar a pesquisas sobre a civilização mineira, vai se servir de amigos e parentes residentes em Juiz de Fora para estender seus trabalhos à Zona da Mata.
Meireles tem antiga história de divergências com os critérios oficiais para a apuração da densidade populacional, não só em Minas, mas em todo o País, e sobre isto espera publicar um livro no segundo semestre de 2014. Em Juiz de Fora, onde sempre houve a mesma contestação, ele vai encontrar quem o apoie.
Os antecedentes
As divergências quanto ao censo nem sempre se pautaram nos números. No século 19, por exemplo, levantamentos feitos pela Câmara e a Província discriminavam os muito pobres e os escravos. Já em 1890, o protesto dos vereadores foi porque se deu a Juiz de Fora uma população feminina superior: 5.239 mulheres e 4.970 homens. Eles se sentiram humilhados.
Em 1968, por iniciativa do deputado João Navarro, a Assembleia Legislativa promoveu, em Belo Horizonte, um seminário repleto de protestos. Propôs-se a recontagem da população, o que não foi admitido, pois o IBGE acha que seu pessoal de campo nunca erra.
Fora do prelo
“Raízes Históricas de Juiz de Fora” é o nome dos originais de um livro que Sinval Santiago não conseguiu publicar, apesar de ser resultado de estudos inéditos, como as relações de Tiradentes com a cidade. Esse trabalho, concluído há exatos 30 anos, foi confiado à prefeitura, na expectativa de patrocínio para a publicação, o que não ocorreu. Sinval foi um oficial da PM que se dedicou à história da Zona da Mata.
A Barreira
O pedido de registro do 21º partido aguça o debate entre deputados, figurando com eles um grupo que passa a considerar desnecessário criticar o grande número de legendas, desde que se criem instrumentos de controle das coligações. Entende que, mais que a limitação do número de partidos, o que pode dar ao País é uma organização parlamentar eficiente é a Cláusula de Barreira, um dos itens importantes da esperada reforma política.
Com a Cláusula, podem funcionar quantos forem os partidos registrados, mas o poder de decisão no Congresso é só para os que obtiverem 5% dos votos em pleito nacional, impedindo que os de “aluguel” tenham os mesmos direitos dos consagrados pela preferência popular.
Reforço
Pode acontecer, nas próximas horas, o anúncio oficial do que era esperado desde o mês passado: a adesão do Partido Trabalhista Brasileiro à base parlamentar de apoio ao governo Dilma. O custo operacional também é conhecido: uma diretoria do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica.
Esquecido
Sobre as relações do PMDB com o governo federal, hoje em clima tenso, não seria justo criticar apenas o partido por exigir posições de mando. O governo também esquece seu papel, e um caso particular é o ex-senador Hélio Costa, que disputou o governo de Minas e trabalhou para sustentar palanque único para Dilma, mas sua lealdade a esse projeto não teve a correspondência do Palácio do Planalto e seus aliados. O partido de Dilma prometeu, mas não entrou na campanha de Hélio. Ela ficou devendo um reparo.
Arte perdida
Muito prejudicada, não será possível restaurar a pintura da cúpula da Catedral, que representava Santo Antônio, padroeiro da cidade, entrando no céu. Foi o que informou o arcebispo, dom Gil Antônio, em reunião do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, do qual faz parte.
Num passo seguinte, vão ser recuperadas outras pinturas, que datam de 1956, realizadas pelo espanhol Dominguez.
Epamig
Sobre nota de ontem: a inauguração do Núcleo Industrial do Instituto Cândido Tostes, dada como certa em julho, na verdade está apenas prevista para aquele mês. Quanto à função do professor Gérson Occhi, ele é da Assessoria de Relações Institucionais da Epamig.
(( publicado também na edição desta terça-feira do FOLHA JF ))

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