quarta-feira, 8 de maio de 2013

Prazo para a filiação

A previsão aceita no Tribunal Superior Eleitoral é que até o fim do mês estará oficialmente homologada a criação do MD – Mobilização Democrática, o que significa que nos 30 dias seguintes os antigos integrantes do PPS e PMN poderão se inscrever, sem problemas com a filiação partidária quando forem disputar em 2014.
Muito curto o prazo para decisões, principalmente se se considerar uma certa apatia entre os que terão de definir seu futuro como candidatos.
Tucanato com
mais mulheres
No dia 18 o PSDB abre campanha nacional para conquistar maior número de mulheres em suas fileiras, o que vai acontecer em Brasília, paralelamente à eleição do novo diretório. Mas, já agora, o partido não tem como se queixar da representação feminina, pois ela ocupa 44% dos quadros de filiação, com algumas exceções, como o caso de Juiz de Fora, onde as fichas de mulheres não chegam a 25%.
Uma grande
antecedência
Os atuais vereadores assumiram há pouco mais de quatro meses, mas não será exagero afirmar que já se pensa na próxima eleição. É o caso dos partidos que vão se preocupando em arrebanhar possíveis candidatos para uma eleição que está distante 37 meses. Tal ocorre com o DEM. Ontem, seu presidente, Romilton Faria, estava registrando a ficha de expressivo líder classista, que, assim como muitos outros, quer chegar à Câmara.
Certo número
cabalístico
Com a promessa de estimular a pequena e média empresa, a presidente Dilma acaba de ampliar o número de ministros ao seu redor, confiando a nova cadeira ao paulista Afif Domingos. Até na véspera ele dizia horrores do PT, o que serve para mostrar que é imensa a capacidade de persuasão do poder.
Mas o que chama a atenção é que agora são 39 os ministérios. Há quem recomende à presidente parar por aí, porque 40 é aziago, além de permitir à oposição vincular o número com aquela famosa turma de Ali Babá.
Assim como
sempre foi
Como nada há de novo debaixo do Sol, os costumes políticos, com seus defeitos, também se repetem. Vejam o que se lê nas “Meditações no Mar sobre o Brasil”, que Gilberto Amado escreveu sobre 1930, quando se apagava o governo Washington Luiz:
“De corrupção em corrupção, chegamos à situação em que os líderes das bancadas eram verdadeiros autômatos nas mãos do líder da maioria, o qual, por sua vez, era pessoa do presidente da República. O Congresso Nacional tornou-se uma assembleia nula, incapaz, composta de homens que não tinham o que fazer. A representação popular tornou-se assim uma inutilidade”.
Eleições
continuam
A Zona da Mata continua no mapa das eleições extraordinárias determinadas pelo TRE. Mais três prefeitos foram cassados, sob acusação de compra de votos, crime detectado também em Rio Vermelho.
Ainda em suspenso o caso de Rochedo de Minas. Em março, o Tribunal Superior deferiu liminar, em ação cautelar, para suspender decisão do Tribunal Regional, que havia cassado a eleição do prefeito e do vice, Sérgio Colleta da Silva (PSDB) e Carlos César Araújo (DEM), por compra de votos. Com a liminar, a nova eleição continua sem data, mas certamente será no segundo semestre.
Dúvida e
estratégia
O PSDB vai ter uma semana de muita expectativa, além dos preparativos finais para a realização da convenção nacional que elegerá o senador Aécio Neves presidente da executiva. Dúvida decorrente é sobre um tucano histórico, José Serra, que terá trânsito livre se desejar se transferir para o novo Mobilização Democrática.
O destino de Serra, que pretende disputar, mais uma vez, a presidência da República, impõe certas mudanças no curso do projeto do senador mineiro, que almeja o mesmo cargo.
Votação
curiosa
De Belo Horizonte, o professor Manoel José Trigo, escreveu à coluna, nesta semana, para anunciar que iniciou um ensaio destinado a desvendar dúvidas em relação ao Império, que, segundo propõe estudo anterior que publicou, são dúvidas que se estenderam depois da queda de Pedro II. Detalhe em que pretende se aprofundar são as relações dos dois imperadores com Minas, e Juiz de Fora tem parte importante em relação ao segundo, como também várias regiões do estado.
Um dado curioso para o historiador examinar refere-se ao plebiscito de 1993, no qual os monarquistas saíram severamente derrotados, mas em duas cidades mineiras foram glorificados: em Abaeté tiveram quase 48% dos votos, e em Paineiras ficaram com 45%. Ninguém sabe o porquê.
Mudança no
calendário
O segundo turno da eleição de 2014 ocorrerá no dia 26 de outubro, bem distante do feriado de Finados. Mas, nos anos seguintes, para evitar a proximidade, o Tribunal Superior Eleitoral poderá mudar a data da votação. Eleição próxima de feriado acaba estimulando milhares de pessoas a viajar, e nisso vai o agravamento do problema da abstenção.
Os dois turnos geralmente se distanciam em torno de 28 dias. Se se separassem por mais uma semana ou menos quatro dias ninguém sairia prejudicado, e o processo eleitoral ficaria livre de um problema.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do FOLHA JF ))

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