terça-feira, 21 de maio de 2013

Presença efetiva

Na convenção nacional do PMDB Mulher, realizada ontem em Brasília, foram feitas propostas no sentido de que a participação feminina tenha mais expressão na política brasileira. O que inclui, por exemplo, atuação direta nas eleições de 2014, onde as mulheres terão garantia de presença de 30% das chapas de candidatos a deputado.
Uma indicação recomenda que em cidades com mais de 200 mil eleitores, como Juiz de Fora, elas tenham seus próprios comitês.
Contra o tráfico
Graças a uma iniciativa da Organização Estados Americanos, a questão do tráfico poderá reunir, de novo, os presidentes do continente, ainda no segundo semestre. O problema se agrava e sugere pressão direta sobre Bolívia, Peru e Colômbia para que adotem medidas mais severas contra o tráfico de cocaína. Presidente Dilma já pediu, e pode voltar a pedir a seus colegas providências necessárias para que o Brasil escape da epidemia de dependência.
Mas precisa cuidado, para não ter de ouvir o mesmo que ouviu o presidente George Bush, quando pediu ao colega mexicano que impedisse o tráfico de cocaína para os Estados Unidos. Ao que Felipe Calderón recomendou logo: “Então peça ao seu povo para cheirar menos”.
As primeiras
Com a intenção de atuar, primeiramente, em grandes centros do estado, e com eles ganhar ramificação, o Mobilização Democrática deverá começar agindo em vinte cidades. Juiz de Fora entre elas, sendo que aqui o curso das negociações para a formação do diretório fica na dependência de entendimento entre os grupos do secretário de Saúde, Antônio Jorge, e o vereador Isauro Calais, que procedem do PPS e do PMN, onde tinham liderança. Mas esse entendimento também depende de o vereador decidir se vai adotar um rumo diferente.
Grande dúvida
Mas, quando se fala nas incertezas da política, certo é que nenhuma é mais intrigante e geradora de dúvidas que o projeto político imediato do governador Anastasia.A razão é que, sendo ele candidato ao Senado, segundo o desejo de importantes correntes do PSDB, nos seis meses antes da eleição ele teria de renunciar ao cargo, passando a ser governador de Minas o vice Alberto Pinto Coelho, o que em nada impedirá que dispute o cargo nos quatro anos seguintes. Sendo assim, (alías, a repetição do que se deu com Anastasia, então vice de Aécio) Pinto Coelho amplia suas chances de vitória, graças ao que se chama de “poder do poder”.
A esse quadro acresce um dado para ampliar a complexidade: as combinações em Minas, centradas no PSDB, não escapam das influências da política nacional em torno do projeto presidencial de Aécio.
O que impede?
Hoje à tarde, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática vai debater requerimento do deputado mineiro Paulo Abi-Ackel, que insiste com o Executivo informações a respeito da não regulamentação da lei que obriga os novos televisores a conter dispositivo que possibilite o bloqueio temporário de programação inadequada para crianças. Ele quer que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, aponte os motivos que impedem a efetivação da legislação, que já vai para três anos aprovada no Congresso.
Noite dos veteranos
Para comemorar seus 160 anos, a Câmara Municipal promove hoje, às 19h30m, uma sessão solene, que inclui homenagem aos ex-vereadores, todos convidados a participar, sem que se saiba exatamente quantos são. Alguns nem se sabe por onde andam.
Quanto aos veteranos, que exerceram o mandato nas décadas de 50 e 60 do século passado, três continuam na cidade e devem comparecer: Amílcar Padovani, Osmar Surerus e Wilson Couri Jabour. Padovani foi, entre os vereadores, o que alçou voo mais alto: quando saiu, foi para cumprir 27 anos de mandato na Assembleia Legislativa.
A foto mais antiga da Câmara data de janeiro de 1913, com seus dez vereadores: Oscar Vidal, major Ormindo José Pinto, Francisco Pinto de Moura, Agenor Canedo, Luiz de Souza Brandão, Antônio José Martins, João Evangelista do Vale, Jeremias Garcia, padre Agostinho de Souza e comendador Manoel José Pereira da Silva.
Persistência
Entre os prefeitos empossados em janeiro, Bruno, segundo conversa entre deputados, parece ser o que mais espera e confia na possibilidade de os governos estadual e federal ajudarem sua administração. Com esse objetivo, em pouco mais de quatro meses ele já desembarcou umas dez vezes em Belo Horizonte e Brasília.
Ainda que alguns parlamentares se mostrem céticos, o fato é que, quando a questão é financiamento de grandes e custosas obras, o remédio é mesmo ir aos cofres do estado e da União.
Novo destino
O prédio onde funcionou o cinema Excelsior, nove vezes declarado impróprio para efeito de tombamento, está destinado a estacionamento de veículo, segundo cartaz exposto ontem na fachada. Sendo impossível o tombamento, o que levou os vereadores a uma ferocíssima agressão ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, admitia-se que cinco deles, depois transformados em secretários, convencessem o prefeito a comprar o imóvel. O minimo a se esperar do seu possível prestígio junto ao chefe. Mas nem se sabe se tomaram a iniciativa de sugerir a medida, em nome de seu antigo furor preservacionista.
((publicado também na edição desta quarta-feira do FOLHA JF))

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