quinta-feira, 16 de maio de 2013

Presença em massa

O PSDB mineiro trabalha, desde ontem, para garantir presença expressiva na convenção nacional que o partido promove neste fim de semana em Brasília. Na convenção em que o senador Aécio Neves será eleito presidente nacional, ficaria ruim se não fosse numerosa a presença dos mineiros.
De Juiz de Fora, estarão votando o deputado Marcus Pestana, o ex-prefeito Custódio Mattos e o vereador Rodrigo Mattos.
Força e fraqueza
O ex-presidente Lula está de novo nos palanques. Acompanha a presidente Dilma no périplo País afora. É um político vitorioso, pois além de ter conseguido oito anos para si, elegeu Dilma, e agora trabalha para voltar ao poder ou reeleger a presidente.
Se é inegável o prestígio do ex-metalúrgico, ex-sindicalista e líder político influente, é preciso considerar que esse fenômeno só ocorre por causa da tibieza da oposição. Falhas existem, e a imprensa tem dado subsídios para o público se informa e os parlamentares fiscalizarem. Entretanto, a oposição se cala.
Plano regional
O PR – Partido da República tem expressão em algumas regiões de Minas, mas parece disposto a rever sua estrutura nos principais municípios antes de escolher deputados e fixar posição em relação aos candidatos a governador. Primeiro se organiza. E nesse sentido cuidaria de avaliar as condições de seus diretórios e comissões provisórias.
Quanto à microrregião de Juiz de Fora ficará encarregado da missão o ex-deputado Edmar Moreira, que voltará a disputar.
Caso Watergate
O episódio faz 40 anos hoje e mexeu com o mundo. No dia 17 de maio de 1973, teve início o processo Watergate no Senado dos Estados Unidos. O presidente Nixon renunciou em razão de um caso de espionagem. Cinco ex-integrantes do FBI e da CIA que colaboraram para a reeleição haviam sido detidos no quartel-general do Partido Democrata, no edifício Watergate.
Para se comparar. Em poucas horas, Nixon teve de ir à televisão anunciar sua renúncia ao cargo mais poderoso do mundo. No Brasil, é lamentável reconhecer, isso se arrastaria por anos, como vem se arrastando o caso da quadrilha do mensalão.
Contrapartida
A Câmara Municipal tem sido pródiga na convocação de secretários do prefeito Bruno, para que mostrem o que fizeram no primeiro quadrimestre de sua gestão e o que pretendem fazer nos próximos meses. Não há como negar a necessidade desses depoimentos, mas os vereadores, tanto como o prefeito e seus secretários, também têm obrigação de mostrar à população o que têm feito em benefício dela. Não vale citar as repetidas gentilezas dos títulos de benemerência e cidadania honorária.
É preciso um relatório sobre novas leis e leis antigas que reclamam revisão aperfeiçoadora. E o que tem sido feito na fiscalização dos atos do Executivo.
Mau gosto
Dia seguinte ao jogo entre Flamengo e Campinense, que havia devolvido ao estádio municipal suas grandes noites, o comentário na cidade foi o mau gosto de locutores de TV ao tratar o Mário Helênio com o superlativo de “Helenão”, copiando o que se tem feito com outras praças de esporte do País.
Podiam poupar a cidade disso.
História antiga
Os brasileiros ainda não esgotaram sua capacidade de se espantar com as mazelas políticas, quando são praticadas deslavadamente. O que é bom, porque muito ruim seria deixar a bandidagem passar incólume, de tão comum e habitual.
A história mais recente é a distribuição de R$ 1 bilhão aos congressistas, para que aprovassem a MP dos portos nas condições e nos termos pretendidos pelo governo. As pessoas se escandalizam, mesmo sabendo que são comuns esses acertos de última hora.
Longa espera
O plano diretor que vai cuidar do trânsito e do tráfego foi prometido pela prefeitura para 2014, o que significa que os resultados, bons ou ruins, a população só vai conhecer dentro de dois anos. A administração anterior havia prometido para novembro de 2011.
O que se tem observado nas ruas, onde estão as pessoas que enfrentam os problemas, é que se tornou necessário recorrer a algumas emergências, capazes de reduzir complicações, entre as quais o caos em que se transforma a Rio Branco nas sextas-feiras a partir de 18h. Hoje é dia!
Responsabilidades
A campanha contra a dengue ganhou justificada prioridade, com a decretação do estado de epidemia. Paralelamente aos sinais de que muitas famílias conscientizaram-se de sua responsabilidade, advertidas de que 85% dos casos de dengue resultam de descuidos dentro de casa, é preciso atacar com vigor outra área: cobrar limpeza e conservação das marquises e coberturas, que represam a água das chuvas e vazamentos, facilitando a proliferação do mosquito transmissor.
Ponto intocável
Num balanço, ainda que superficial, da recente e fracassada tentativa do Congresso de tratar da reforma política, sente-se uma indisposição, quase geral, de não discutir o voto facultativo. A comissão especial do Senado que já tratou da matéria vai contra a tendência das modernas democracias ocidentais ao recomendar que seja reconhecido o voto não obrigatório. A comissão se deixou influenciar pelo antigo temor de que, desobrigado, o eleitor vai trocar a urna por um fim de semana no litoral.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do FOLHA JF ))

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