terça-feira, 26 de abril de 2011

O suplente de senador

O senador deve ter suplente ou ser substituído e sucedido pelo candidato imediatamente mais votado depois dele? A discussão é bem antiga, mas agora, na proposta de reforma política, está sendo sugerida uma solução intermediária, longe do ideal: o senador já não teria dois, mas apenas um suplente. A suplência é discussão antiga. Cerca de quinze anos passados surgiu no Congresso o primeiro projeto para eliminar essa figura dispensável, pois se trata de eleição majoritária. Há dias, o deputado maranhense Domingos Dutra protestou contra a demora do Congresso em corrigir uma discrepância tão evidente.


Animação

A julgar pelas articulações que se desenvolvem nos partidos, vários deles retocando as comissões provisórias e diretórios, a campanha eleitoral de 2012 será das mais movimentadas, o que se confirmaria também se fossem mantidas as seis candidaturas a prefeito que vêm sendo cogitadas.
Nos próximos dias estarão mexendo em seus comandos municipais o PSDB, PSL e PSB.


Resistência

Entre as questões que ainda não foram solucionadas nas relações do PMDB com o governo da presidente Dilma está a participação do ex-ministro Hélio Costa, que, em nome da aliança, disputou o governo de Minas. Sua lealdade à aliança ainda não teve a correspondência do PT. Sem ser convidado, seu nome foi citado para posições as mais variadas, desde a presidência de Furnas até a embaixada em Cuba. Mas apenas citação.
Hoje, passados seis meses, ficou evidente que Hélio saiu da campanha duplamente credor: trabalhou para Dilma sem ter a reciprocidade do PT.


Bem entendido

O TSE deve ter percebido que tem tudo para criar dúvidas e problemas com a Resolução que insinua não constituir infidelidade e perda de mandato do agente político que deixar o partido em que se sentir perseguido e constrangido. Promete deixa a coisa suficientemente explicada, no momento oportuno.


Saudades

As sucessivas intervenções do ex-presidente Lula em assuntos políticos, além de se oferecer para fazer palestras pagas, denunciam que ele começa a sentir a ausência do cargo. Esse sentimento de orfandade está entre os males da reeleição no Poder Executivo. Para quem fica oito anos no cargo é inevitável sentir saudades dos bons momentos.



(Torna-se perigoso para políticos e partidos traçar linhas de conduta e acertar acordos, quando ainda faltam dezoito meses para a sucessão municipal, pois “a política é como as nuvens, em um momento são uma coisa; olha-se depois e tudo está diferente”. (a frase famosa é atribuída a Magalhães Pinto, mas quem a inventou foi Raul Soares).


(Publicada também na edição de hoje do TER Notícias)

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