quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Com vara curta




A onda de investigações nos ministérios chegou ao PMDB, onde não se esperava que chegasse, dada a importância que o partido exerce na base do governo. Catucado com vara curta.
É um desafio, porque os dirigentes não foram previamente consultados, e o governo sabe que qualquer desagrado ao PMDB pode ter reflexos na base de apoio parlamentar.
O que cabe avaliar agora é se o partido pretende reagir logo ou se vai aguardar momento mais conveniente para revelar seu descontentamento.


E a base?

Hoje não havia outro assunto nos meios políticos. Só se falava sobre a base de apoio do governo no Congresso, depois que os partidos da situação entraram na ciranda das investigações. O primeiro reflexo dessa situação é que os partidos que têm sob suspeita os altos funcionários por eles indicados poderão negar esforços para impedir a criação de CPIs, o que o governo certamente não deseja.


Ressentido

É raro acontecer. Mas ontem, pela primeira vez, o PP não participou do almoço em que os líderes de bancadas de apoio ao governo Dilma debatem pauta das discussões. O deputado Lincoln Portella, líder, simplesmente não apareceu. Ele e seus colegas queixam-se do Palácio do Planalto por lhes ter negado tempo para a defesa dos pepistas acusados e corrupção no primeiro escalão.


O mesmo time

Entrado o segundo semestre, percebe-se que são escassas as possibilidades de o ano eleitoral contar com novos partidos constituídos e prontos para participar do pleito de outubro. O quadro deverá ficar com os 27 já organizados, que, segundo o pensamento dominante entre juristas e ministros do Tribunal Superior Eleitoral, são mais que suficientes para representar todas as correntes políticas.
São muitos os processos constitutivos levados ao TSE. Quase outro tanto em relação aos que já estão em funcionamento. Mas não lhes restam chances.


Risco de impasse

A decisão do governo do estado de convocar substitutos para ocupar as vagas dos professores grevistas estava sendo recebida com reservas por deputados da própria bancada situacionista na Assembleia. Temem que, se o governador Antônio Anastasia endurecer nas negociações, um impasse intransponível poderia acontecer, pois o magistério fica sem elementos para ir à mesa e acertar os ponteiros.

(( publicado também na edição de quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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