quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conteúdo histórico

O secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada foi quem discursou em nome dos agraciados com a Comenda Henrique Halfeld, na noite de terça-feira. Preferiu basear seu pronunciamento em fatos históricos relevantes, como forma de acentuar o compromisso dos novos comendadores com uma longa tradição de lutas e realizações da cidade. Na solenidade não faltou outro detalhe que teve tudo a ver com o passado de Juiz de Fora: a intensa garoa que cobriu o Morro do Cristo, sob uma temperatura de 8 graus.


Desconforto

Pragmática e sem disposição de assumir vexames na Copa do Mundo, a presidente Dilma partiu para a privatização dos aeroportos, e já começando com três. Não tinha alternativa, embora sua decisão deixe resmungando velhos camaradas e o PT, que não abrem mão do modelo estatal para serviços essenciais.


A reforma

Dentro de uma semana, se puder cumprir a promessa que fez no mês passado, a comissão de senadores que discutiu a reforma política vai encaminhar seu relatório, que inclui sugestões, entre as quais o fim das coligações em eleições proporcionais. Para os senadores, as coligações não lhes fará falta, porque se elegem pelo sistema majoritário.


Só na promessa

Ao saudar os agraciados com a Comenda Henrique Halfeld, na terça-feira à noite, o prefeito Custódio Mattos começou antecipando desculpas, porque pronunciaria um longo e inevitável discurso. Precisaria contar com a paciência de cerca de 400 pessoas que o ouviam. Mas ficou na promessa, porque o discurso, esperado para 40 ou 45 minutos, teve duração de 20.
Custódio, falando sobre o que definiu como retomada da auto-estima da cidade, destacou a ajuda dos governos Aécio Neves e Antônio Anastasia, mas enfatizou que nada tem a reclamar do governo federal. Percebe-se que em seus pronunciamentos em público o prefeito faz questão de dizer que não tem queixas em relação a Brasília.


Recomposição

Passado o episódio Palocci, seja qual for o destino do ministro, o governo e o PMDB terão de reorganizar suas relações, que se mantêm, mas sofreram alguns arranhões na crise. Nos momentos mais sensíveis do problema, que ainda não foi superado, o ministro e o vice Michel Temer andaram trocando farpas, tipo “olhe com quem o senhor está falando”.
Mas o recente entrevero não representaria maiores riscos para as relações governo-partido, porque um precisa do outro e ambos se ajudam.


Quórum ajustado

Os secretários de estado agora terão as manhãs livres para receber os deputados, sempre com muitos pleitos regionais. Com isso, a Assembleia escapa de um problema que enfrenta com frequência: a falta de quórum para votação de matérias nas sessões da tarde.


Plebiscitos

Engasgados com uma reforma política que não consegue o inconformismo de velhas resistências, há senadores e deputados, em número razoável, que vão insistir na realização de um plebiscito, empurrando para os ombros do povo a responsabilidade de decidir. Antes de tudo, seria uma forma de adiar decisões, pois para organizar uma consulta dessa natureza o Tribunal Superior Eleitoral precisa de tempo.
E nossa experiência em plebiscitos é modesta. Foram três: em 1963 o País devolveu poderes presidenciais a João Goulart; em 1993 novamente os brasileiros se manifestaram pelo presidencialismo; em 2005 a população decidiu pela não proibição do comércio das armas de fogo.


(((( publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))))

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