quarta-feira, 22 de junho de 2011

Resistência do PMDB

A intenção do deputado Newton Cardoso de promover uma reformulação nos diretórios do PMDB no interior esbarra na resistência da executiva estadual, presidida pelo deputado Antônio Andrade, ligado ao grupo do ex-ministro Hélio Costa. Como são grupos antagônicos medindo forças, os diretórios preferem não se manifestar. Como o caso de Juiz de Fora.


Sem descanso

Os fatos políticos se recusam a dar trégua à presidente Dilma, que vem colecionando crises, umas em cima de outras. Não tem podido respirar. Os problemas anteriores ainda são fumegantes e ressuscita o caso que se tornou conhecido como Os Aloprados. Rememorando: em 2006 veio a público o famoso dossiê de denúncias e suspeitas contra o PSDB, principalmente contra José Serra. Para afetar o governo Dilma, o assunto está sendo desenterrado, colocando como pivô o ministro Mercadante. Mas parece ter sido aprendida a lição do caso Palocci: o Palácio do Planalto não vai esperar que a crise se esvazie por si mesma, e mandará o ministro ir ao Congresso dar explicações.


Pelo meio

Na noite de segunda-feira, quando falou para filiados do PSDB, em reunião no Hotel Constantino, o deputado Marcus Pestana analisou, otimista, o futuro da social-democracia, a começar pelas experiências na Europa. Ela são ideias e projetos que procuram ocupar espaços deixados pelo socialismo e capitalismo, passando pelo meio deles, aproveitando os pontos em que foram bem sucedidos.


Sinalizando

O presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, não tem deixado escapar oportunidade de estar na cidade, prestigiando eventos locais e regionais, principalmente quando centralizados pela Universidade. Indício, segundo observam alguns de seus correligionários, de que vai dedicar especial interesse pela eleição do próximo prefeito.


Teste direto

O vereador Wanderson Castelar deve imaginar o volume das resistências a serem enfrentadas por seu projeto que obriga agentes públicos a terem os filhos matriculados em escolas públicas, como forma de testar a qualidade do ensino que ali se pratica e corrigir as deficiências. Ele não desconhece que tentativa semelhante chegou a ser proposta pelo senador Cristóvam Buarque. As resistências são explicadas: os políticos sabem, com ou sem razão, das limitações da rede pública de ensino, e não querem seus filhos lá.


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A propósito da emperrada reforma política, quem ninguém sabe explicar, ao certo, porque não consegue andar, o escritor Carlos Heitor Cony chega bem próximo da razão:
“Quando a classe política, como um todo, atinge um consenso operacional, a experiência ensina que nada será feito para concretizar o circunstancial consenso. Ele servirá apenas para declarações bem intencionadas e para a formação da seguinte estratégia: se todos estamos de acordo neste assunto, por que não o deixar para mais tarde?


(( publicado na edição de hoje do TER Notícias ))

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