domingo, 16 de setembro de 2012

Candidatos e números

A Justiça Eleitoral considera aptos a disputar, em 7 de outubro, 15.550 candidatos a prefeito, número que corresponde a quase três candidatos por município. Já os que concorrem ao cargo de vereador em todo o País somam cerca de 450 mil, média de quase oito candidatos na disputa por uma das quase 58 mil cadeiras das câmaras municipais, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios. Entre eles ocorrem casos interessantes, como no município paraibano de São Domingo do Pombal, com quase 3 mil eleitores, onde apenas dois dos 11 candidatos a vereador não serão eleitos, pois a Câmara tem nove cadeiras a serem preenchidas. Diferentemente do Rio de Janeiro, que registra média de 33,5 candidatos por vaga na corrida pelo Legislativo municipal. São pouco mais de 1,7 mil candidatos para 51 vagas. Maior eleitorado do País, São Paulo tem 77 mil candidatos, seguido por Minas Gerais, segundo maior colégio, com cerca de 70 mil candidatos inscritos. Já em relação ao número de candidatos a prefeito, os mineiros superam os paulistas, com 2,3 mil contra 2 mil candidatos respectivamente. Vinte e um municípios apresentam na eleição do próximo mês candidatura única para prefeito em Minas Gerais: Alto Jequitibá, Carmésia, Comercinho, Gameleiras, Grupiara, Igaratinga, Jaguaraçu, Jenipapo de Minas, Jesuânia, Perdizes, Quartel Geral, Rio Vermelho, Rodeiro, São Gonçalo do Sapucaí, São José da Safira, Sericita, Serra da Saudade, União de Minas, Vargem Grande do Rio Pardo, Virgínia e Virgolândia.
Maioridade penal
O deputado federal André Moura (foto), da bancada do Sergipe, tem um argumento a mais para justificar o projeto de consulta popular sobre a redução da maioridade penal. Ele se refere à pesquisa CNI- Ibope Retratos da Sociedade Brasileira, mostrando que, ao menos três entre cinco brasileiros, concordam com a redução da responsabilidade para 16 anos. “De acordo com a pesquisa, 75% mostram-se totalmente a favor”, explica o deputado em artigo publicais no fim de semana. Há cinco anos, procurando saber o que os brasileiros pensam a respeito, o Senado já havia chegado aos mesmos números.
O Deus
A polêmica ministra Marta Suplicy, que anos atrás, antecipando-se a Maluf, havia sugerido às vítimas de estupros inevitáveis que relaxassem e gozassem, acaba de comparar Lula a Deus. Pegou pesado, mas se coloca alguns corpos à frente na raia do puxa-saquismo oficial.
Preferencial
O presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, gosta de pinçar detalhes que considera vulneráveis no Partido dos Trabalhadores, onde raramente encontra virtudes. Mas agora ele vê injustiças que, segundo apurou, estariam sendo praticadas pelo comando petista contra os candidatos Patrus Ananias, em Belo Horizonte, e Margarida Salomão, em Juiz de Fora. Essas duas candidaturas, diz ele, estão sendo sacrificadas pelo partido, que só se interessa pela sorte de Haddad, em S.Paulo.
Candidato avulso
Nas ruas centrais, aproveitando a agitação dos últimos dias da campanha eleitoral, o Movimento Pró-Moralização do Poder Legislativo retomou a campanha do projeto de iniciativa popular destinado a alterar o artigo 14 da Constituição Federal, dispensando da exigência de filiação partidária os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Na verdade, a iniciativa toma carona em emenda constitucional que o senador Itamar Franco pretendia defender. Sem a obrigação de pertencer a um partido político, ao candidato a cargo municipal seria exigido apenas o apoio de 0,5% do eleitorado. Tomando-se por base o colégio eleitoral de Juiz de Fora – 368 mil - a candidatura avulsa seria registrada pela Justiça se fosse proposta subscrita por 1.900 proponentes.
Sinal de aprovação
Consulta junto a senadores e deputados que se mostram mais interessados na distante e sempre difícil reforma política conclui que entre os poucos itens que terão aprovação certa na matéria está o seguinte: a suplência de senador, que devia ser extinta pura e simplesmente, ficará restrita a apenas um suplente, que assumirá temporariamente nos impedimentos do titular. Mas, se ocorrer a vacância em definitivo, a bancada do estado fica reduzida a apenas duas cadeiras até a eleição seguinte, estadual ou nacional, quando se elegerá novo senador para completar o período interrompido.
Voto jovem
Os candidatos, mais que os partidos, desconhecem em que poderiam lucrar se uma multidão de jovens fosse às urnas em outubro e manifestasse suas preferências. Nas eleições anteriores eles compareceram em número insuficiente, não permitindo melhor avaliação sobre o que a juventude realmente deseja de um homem público. A Constituição conferiu o direito de voto aos maiores de 16 e menores de 18 anos. Mas ficou devendo mecanismos para estimular entre eles o interesse pela discussão dos temas políticos.
(( publicado na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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