quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Força externa

Se o PSDB chegar ao segundo segundo turno, o que coordenadores da campanha de Custódio têm na conta de rigorosamente possível, é evidente que o prestígio político do governo do estado vai entrar em campo para favorecê-lo. Se, num outro cenário, ocorrer a disputa entre PT e PMDB, vai se dar um fato curioso, porque são partidos aliados no plano federal, o que poderá inibir figuras nacionais de ambos os partidos a uma atuação presencial na disputa. Esses cuidados quanto à participação no segundo turno não excluem prévias avaliações da disputa presidencial de 2014.
Prova difícil
No Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski diz que, a rigor, no processo do mensalão não há como provar que houve compra de apoio de deputados com o dinheiro colocado à disposição do governo Lula, o que dificultaria uma postura condenatória mais segura. O crime a que se refere o ministro realmente figura entre aqueles de difícil comprovação. Claro. O governo não apregoa que comprou e o deputado não vai confessar que se vendeu.
Patrocinadores
Há uma queixa generalizada no País em relação aos escassos patrocinadores de programas de rádio, o que tem impedido melhores produções, particularmente no campo do jornalismo. Juiz de Fora nunca foi exceção. Ontem, no Correio Braziliense, principal jornal da capital da República, Eduardo Almeida Reis, fez referência a um caso local, no qual tivemos participação: “Não sei se já lhes contei que tive um programa de rádio na cidade de Juiz de Fora, Zona da Mata de Minas. Vale repeteco: chamava-se “Mesa de Debates” e a compra do horário das 11h ao meio-dia nos custava uma tuta e meia. Pela alta expressão intelectual dos sócios no programa, Wilson Cid e José Carlos de Lery Guimarães, profissionais da melhor categoria, o programa teve ótima audiência durante um ano, mas naufragou no capítulo dos patrocinadores: eram seis e a cota mensal de cada um, em dinheiro atual, não custaria um salário mínimo.”
Para salvar
Decisão tomada e confirmada: o Partido dos Trabalhadores e Lula vão investir tudo em S. Paulo para ver se Haddad chega ao segundo turno, e com isto sepulte de vez a figura de José Serra, além de criar uma nova liderança. Diante de tal projeto, fica relegada a segundo plano a eleição nas demais capitais.
Repeteco
Em Porto Alegre, onde esteve para participar da campanha dos tucanos, o senador Aécio Neves repetiu, sem mudar palavras, o que disse em Juiz de Fora. O mensalão não deve ser usado como principal discurso das oposição contra as candidaturas do PT nas eleições municipais. Prefere o argumento da "eficiência e da capacidade de gestão" do PSDB. "Eu tenho muito cuidado de utilizar ou fazer com que o mensalão seja o principal argumento contra candidaturas do PT, porque nós temos outros mais fortes, que é a nossa capacidade de gestão, a nossa eficiência", disse ele.
Casos de Minas
Várias vezes interrompido, sem previsão de chegar ao finalmente, o debate sobre a inconveniência da suplência de senador, quando retomado terá de considerar o exemplo mineiro: das três cadeiras de Minas duas estão ocupadas pelos suplentes, Clésio Andrade e Zezé Perrella, substituindo dois titulares falecidos em menos de um ano: Eliseu Resende e Itamar Franco. Já se falou muito sobre a deformação que representa a suplência em eleição majoritária, embora sendo típica da eleição proporcional. Em suma: o mal do suplente de senador, pois ocorre de muitas vezes ele ser chamado a assumir, sem que tenha sido votado. O cargo se preenche por eleição majoritária; é preciso ter voto para se eleger.
Os músicos
A Câmara Municipal promoveu, nesta semana, um debate sobre as limitações para o exercício profissional dos músicos, sem referência ao fato de naquele dia estar completando um ano a decisão do Supremo Tribunal Federal determinando que eles exerçam sua profissão sem dependerem de filiação à Ordem dos Músicos do Brasil. Considerou-se que o exercício de uma atividade para sobrevivência não pode sofrer qualquer tipo de limitação. O que se cobra deles é apenas respeito às leis que tratam do silêncio após 22h.
(( publicado na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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