terça-feira, 20 de setembro de 2011

Adiamento estratégico

Seis dos partidos mais influentes da base do governo no Congresso decidiram desviar para a segunda quinzena de outubro a votação dos primeiros itens da reforma política. Pretendiam alguns que as matérias já em setembro estivessem em plenário, mas optou-se por outubro, a fim de que as mudanças não tenham valor para as eleições de 2012. É a lei da anterioridade, segundo a qual a ordem eleitoral não pode ser alterada senão com um ano de antecedência. Na verdade, mais um expediente protelatório para uma reforma cheia de obstáculos.
Estão entre os itens prometidos para outubro o fundo de recursos para o financiamento das campanhas eleitorais, extinção da suplência de senador e o fim das coligações em eleições proporcionais.


Repercussão

A presidente Dilma tem uma agenda importante em Nova York, conversando com alguns dos mais importantes estadistas do mundo, além de ser a primeira voz feminina a se fazer ouvir na abertura dos trabalhos da assembleia geral das Nações Unidas. Quanto à sua participação na ONU, o dado que vai chamar a atenção dos delegados é a posição brasileira sobre a efetiva instalação do estado palestino, bem como sua aceitação na organização internacional.
Coincidindo com a viagem presidencial, vem a confirmação de que em janeiro haverá mudanças no ministério. Uma oportunidade que se abrirá para o balanço da distribuição de forças entre PT e PMDB.


E os outros?

Um ano depois da eleição do governador, o PMDB de Minas decide punir os diretórios municipais que, ostensivamente, negaram apoio ao candidato do partido, Hélio Costa. Puxam a fila dos diretórios castigados com a dissolução os de Divino, Santo Hipólito e Capinópolis.
Há um detalhe que o partido não pode desconsiderar. A dissolução só teria cabimento para os diretórios que ficaram contra Hélio já fase inicial da campanha, porque se pretender acabar com os que estavam com Anastasia nas semanas finais o partido terá de castigar mais de cem...



Cresce o PSB

As deputadas Ana Arraes (PSB-PE) e Luíza Erundina (PSB-SP) e os senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) passaram a figurar entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. Da lista constam 62 deputados e 38 senadores. O objetivo pretendido é fornecer a radiografia dos principais interlocutores e definidores da agenda legislativa, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.


Outro nome

Se se estender muito a discussão sobre a conveniência de se trocar o nome da Independência para Avenida Itamar Franco, não falta quem sugira uma alternativa, esta da competência do governo federal: o nome do ex-presidente recentemente falecido seria dado à BR-440, que vai ligar as rodovias 040 e 267.


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Observação de um deputado que se preocupa com o que chama de “intransigência bilateral” na greve dos professores: o governo e a classe são como namorados rompidos, doidos para reatar, mas orgulhosos. Ninguém quer ser o primeiro a dar a mão.



(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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