domingo, 11 de setembro de 2011

Generalizar é um perigo

As manifestações populares, como as que estão chegando às ruas para pedir o fim da corrupção dos políticos e do governo, têm o mérito de expor um problema que vem corroendo o Estado, mas é preciso atentar para o fato de trazerem em si o risco de um defeito, mais grave do que se possa considerar numa análise superficial. Trata-se da generalização, tão injusta quanto a omissão. Mais que isso, quando, sem distinção, todos os políticos são tratados como safados, o que os espíritos raivosos fazem, por ignorância, é ajudar os verdadeiros bandidos, porque estes se aproveitam da generalização e se escondem atrás dos bons. A bondade servindo de escudo à maldade. O crime torna-se blindado pela inocência, e nada é mais injusto do que isso, porque no Congresso e nos gabinetes executivos há pessoas honradas, e quase se pode dizer que ainda constituem maioria.
Achar que ninguém presta acaba sendo uma perigosa atitude, é a bênção que se confere aos políticos criminosos; ou criminosos políticos, como queiram. A generalização é a impunidade que se oferece aos maus, com o sacrifício dos bons.


Prazos fatais

No dia 7 de outubro, pouco menos de um mês, o processo eleitoral começa a queimar etapas. Encerra-se o tempo para que se filiem os que vão disputar em 2012 e para quem vai mudar de partido. Como também é o prazo que o Tribunal Superior Eleitoral se dá para o registro de novos partidos que pretendam entrar na campanha do próximo ano.
Em relação a novos partidos, apenas quatro têm processo organizado para pleitear o registro. Não é fácil a habilitação, sendo necessário contar com a subscrição de 0,5% dos eleitos de sete estados.
Chega de partidos. Os 27 já registrados são mais que suficientes para abrigar todos os pensamentos, ideias e correntes políticas.



Pela tangente

Chamado a explicar a ausência de deputados mineiros na lista dos mais produtivos e brilhantes, o coordenador da bancada, Reginaldo Lopes, procurou um jeito de esvaziar a iniciativa dos jornalistas que promovem a escolha. Começou pela tradicional explicação de que os mineiros preferem trabalhar em silêncio, além de a escolha depender muito da simpatia dos jornalistas. Em outros tempos, simpática ou não, mas talentosa, a representação do estado ficava sempre com duas ou três indicações.
A explicação do coordenador é formal e generosa com os 52 colegas mineiros. Mas ele tem de reconhecer que andamos fracos de talentos em Brasília.



Nossa excelência

A localização de Juiz de Fora em relação aos centros produtores de aço e mercados consumidores continua sendo a principal razão de empresas do setor optarem pelo município. Não foi outra a motivação da Brafer Construções Metálicas, que está investindo R$ 89 milhões nos 100 mil m2 que ocupa na Zona Norte, e com previsão de começar a operar em meados de 2013 com chapas e perfis.
A proximidade com os produtores de aços planos e não planos pode gerar aqui empreendimentos em série nesse setor, segundo a expectativa dos analistas de mercado, como revelou, na semana passada, José Carlos Dantas, na Bandnews.


Perrella e JF

O senador Zezé Perrella, que ocupou a vaga deixada pela morte de Itamar Franco, vai chegando ao final do prazo de noventa dias que tem para a organização definitiva de seu gabinete em Brasília. Mas já decidiu que da equipe fará parte apenas um remanescente do gabinete anterior, que se encarregará de cuidar do acervo do Instituto Itamar Franco, com sede em Juiz de Fora.
Quando conversa com amigos, Perrella diz que a cadeira no Senado jamais esteve em sua cogitação, nem mesmo o motivava a possibilidade de cumprir o que lhe havia sido prometido, isto é, cumprir metade do mandato de Itamar. Deixando a presidência do Cruzeiro, desinteressado da política, planejava cuidar apenas de seus negócios, até o destino escolheu outro caminho.



Ações divididas


Será em Muriaé, dia 26, a próxima reunião de lideranças regionais, que estão debatendo e pautando as principais propostas de desenvolvimento da Zona da Mata. Nesse encontro os prefeitos, deputados e representantes de organismos públicos vão definir nomes para gerenciar cada projeto, considerando-se as áreas em que têm maior entrosamento, e, portanto, podem ser mais úteis. Por exemplo: as propostas que preveem obras e serviços dependentes do apoio do governo federal deverão ficar sob o gerenciamento do deputado federal Marcus Pestana. As reivindicações que se situam na esfera estadual ficariam sob a responsabilidade do deputado Bruno Siqueira.
Outra decisão que será anunciada em Muriaé é que em cada semestre os gerentes dos projetos vão se reunir para avaliar resultados.

(( publicado também na edidção desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

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