quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Novas filiações

Com apenas dias para os partidos encerrarem a temporada de filiações, o que inclui os candidatos que estão mudando de sigla, as últimas horas têm sido movimentadas para a política na cidade. O ex-prefeito José Eduardo Araújo, que pertencia ao PR, acaba de se filiar ao PMN, depois de se reunir com o vereador Isauro Calais, que fala pelo partido. Ele não tem projeto eleitoral definido, mas já se colocou à disposição.
Também ao PMN filiaram-se Marlos Novais, que sai do PPS, onde foi candidato a deputado estadual, e Lucas Malvacini, recentemente eleito Mister Brasil, que será candidato a vereador.
Jane Ferraz, que estava no PV e presidiu sua comissão provisória, transferiu-se para o PSC.


A avenida

Com a evidente preocupação de não estender muito as divergências e especulações, a Câmara aprovou, ontem, já em segunda discussão, o projeto que manda dar o nome de Presidente Itamar Franco à atual Avenida Independência. Dezessete votos a favor e um contra, Roberto Cupolillo, do PT. A lei vai à sanção, sem risco de veto, pois a mudança foi proposta do próprio Executivo.


Caixa dois

Gente do governo tem alertado a presidente Dilma sobre um risco latente no projeto de financiamento público das campanhas, segundo o modelo pretendido pelo PT, que resultaria na consagração do chamado caixa dois. Com o atual sistema de votação uninominal nada será possível corrigir.


Cesama

Os vereadores já sabem que serão chamados a votar uma alteração pontual no estatuto da Cesama, de forma que seja removida a exigência de se confiar a um engenheiro civil ou sanitarista a presidência da companhia. O engenheiro convidado, Cláudio Horta, é engenheiro metalúrgico. Pode ser até que se elimine o diploma de engenheiro, exigência criada em agosto de 1963 por Itamar Franco, criador do Departamento de Água, do qual se originou a Cesama.


Antes era ele

O ex-presidente Lula tá que fala. Agora, critica o movimento da sociedade contra a corrupção na administração pública, atribuindo à oposição a tentativa de fomentar uma mobilização contra a corrupção, como forma de criticar o governo. Esquece a época em que o PT não estava no governo, e agia em defesa da ética na política, no enfrentamento à corrupção. No parlamento mobilizava a opinião pública para a instalação de CPI a cada indício que surgia.
Há um esquecimento proposital do passado recente, das lutas históricas por um País que antes se dizia que precisava passar a limpo.


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O projeto que pretende instituir o voto aberto nas matérias que tramitam no Congresso é importante e necessário. Mas o fim do voto secreto só pode ser admitido se forem criados, concomitantemente, instrumentos que deem garantia aos parlamentares nas votações mais polêmicas e que criem choque de interesses; e que sejam poupados das pressões.

(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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