quinta-feira, 12 de julho de 2012

Impugnação

Fala-se na possibilidade de o ex-prefeito alberto bejani ter sua candidatura a vereador impugnada com base na Lei da Ficha Limpa. Não apoiado. Essa candidatura precisa ser registrada e levada às urnas, porque há um contingente de eleitores que pensa como ele e se identifica na mesma avaliação de valores éticos e morais. Esses eleitores têm direito de manifestar sua preferência e seu gosto, por mais exótico que pareça. Diferentemente se bejani for eleito. Porque, sendo diplomado e empossado, ele passa a ter direito de legislar em nome de toda a população, não apenas em nome de seus eleitores. E aí não dá. Se a coisa chegar a esse ponto, a Justiça tem de dispor de instrumentos para impugná-lo e salvar a cidade.
Igual rigor
O Tribunal Regional Eleitoral já informou, e tem insistido em sua disposição de manter uma conduta rigorosa na fiscalização de gastos na campanha dos candidatos. Independentemente de serem candidatos em grandes ou pequenos municípios. Bem entendido: em Belo Horizonte ou em Serra da Saudade, onde só está registrada a candidatura de Neusa Ribeiro,que promete gastar, no máximo R$ 70 mil para concorrer com o voto em branco.
Os ciclistas
Sem negar a importância das ciclovias e a preocupação que a Câmara revela em relação aos ciclistas, não custa perguntar se está se cuidando, igualmente, da violência que eles praticam sobre os passeios, os sinais que desrespeitam, as pessoas que atropelam, algumas condenadas à cadeira de rodas, sem contar os casos de idosos que mataram. É preciso saber se a preocupação com os ciclistas é excludente em relação aos que descem a Rio Branco entre os ônibus ou o calçadão, ziguezagueando entre pedestres sujeitos a ferimentos, sempre sob o olhar complacente de policiais e fiscais.
Pouso único
Está para se confirmar o que se supunha: pouco afeita a campanhas eleitorais que exigem participação presencial, a presidente Dilma deve se limitar a uma viagem às capitais onde o PT precisar dela. No caso de Belo Horizonte, ela se apoiaria em dois argumentos: é a cidade onde viveu, e, estando na capital, está em todo o estado. Mas, se quiser, o PT dispõe de dados para ampliar o roteiro presidencial.
Jogos do governo
A disposição com que o governo parte pra cima do jogo do bicho, promovendo-o de contravenção ao status de crime, ao mesmo tempo em que desestimula os projetos que tratam da exploração de cassinos, só teria sentido, só poderia ser levada a sério se o próprio governo deixasse de ser o grande promotor da jogatina oficial das lotos, quinas e megas, que são jogos de azar. Em relação ao jogo do bicho, o jornalista Ariosto da Silveira chega à conclusão de que o que move governo é o ciúme; ou inveja, porque não consegue ser tão organizado e cumpridor de seus compromissos como o jogo do bicho. Receber o que se ganha na milhar da vaca é muito mais fácil que resgatar o precatório.
Identificação
Nunca ficou suficientemente explicada a preocupação da Justiça Eleitoral em tornar mais fácil a identificação do candidato a vereador preferido pelo eleitor. Toleram-se os apelidos, em geral de um mau gosto olímpico, mas muito antes, em nome da fácil identificação, o candidato já podia ser votado pelo número. Com apelido e número, afinal de que vale o verdadeiro nome do sujeito?
Sugismundo
Que entidade ou grupo estaria disposto a instituir o troféu Sugismundo JF, para “premiar”o candidato que passará pela campanha como responsável pelo maior volume de sujeira nas ruas, praças e muros? Ainda há tempo, e certamente não faltarão concorrentes. Ideia semelhante foi lançada em 2008, mas ninguém se habilitou a assumi-la.
Culpa midiática
Cassado, com margem de votos que não deixou dúvidas, os ex-senador Demóstenes Torres saiu pisando pesado, esbravejando, sem confessar seu envolvimento com a quadrilha de Cachoeira, mas atirando todas as culpas na imprensa. Também nela estaria a culpa pelo escândalo do mensalão, que, segundo o faro de Lula, não existiu. A CUT ameaça ir às ruas para defender os envolvidos na compra de votos, porque acusa o STF de ouvir os jornais e julgar segundo eles. Tudo servindo para explicar o esforço dessa gente em criar legislação regulatória sobre a liberdade de imprensa.
(( publicado na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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